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Completo, Brasil chega à semifinal no Mundial
Seleção feminina de vôlei contou com todas as titulares desde início de jogo
Equipe, que sofreu com contusões e improvisações durante torneio no Japão, obteve vitória acachapante ontem sobre a Alemanha
Kazuhiro Nogi/France Presse
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A brasileira Walewska, que anotou sete pontos, passa pelo bloqueio da alemã Angelina Grun em partida do Mundial do Japão |
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de atravessar todo o
campeonato em meio a contusões e improvisos, José Roberto Guimarães pôde contar, enfim, com seu time dos sonhos.
Com todas as titulares em
quadra desde o início do jogo, o
Brasil conseguiu ontem sua vitória mais acachapante sobre
uma equipe da elite do vôlei.
Resultado que sacramentou
sua recuperação e a vaga nas semifinais do Mundial do Japão.
O placar dilatado mostra a facilidade encontrada diante da
Alemanha, único país que ainda podia disputar a classificação com Brasil e Rússia. Foram
3 sets a 0 (25/16, 25/22 e 25/15)
em uma hora de dez minutos.
"Jogamos concentrados,
principalmente com o passe e a
recepção. Foi um bom jogo",
elogiou o técnico Zé Roberto.
A vaga na semifinal recoloca
o Brasil entre os melhores da
competição. Esta é a terceira
vez que o time nacional vai brigar por medalhas. Em 1994, em
São Paulo, foi prata com a geração de Fernanda Venturini,
Márcia Fu, Ana Moser e cia, comandada por Bernardinho.
Quatro anos depois, a equipe
terminou na quarta colocação.
O último Mundial foi atípico.
Em meio à maior crise do vôlei
feminino do país, o jovem grupo de Marco Aurélio Motta
amargou o sétimo lugar.
O fracasso acirrou ainda mais
a crise e, em 2003, o treinador
cedeu lugar a Zé Roberto.
Além do título inédito, no Japão está em jogo a invencibilidade dessa nova geração.
Desde o quarto lugar nos Jogos de Atenas-2004, o Brasil
não perde uma competição.
"Não penso no que virá pela
frente. Só penso jogo a jogo. O
mais importante é sempre o
próximo. Times como Itália,
Sérvia e Cuba estão jogando
bem, mas não sei quem irá
avançar", afirmou Zé Roberto.
Na madrugada de hoje, o Brasil decidiria com a Rússia o primeiro lugar do Grupo F. As seleções já estavam classificadas.
O jogo também serviria para
testar mais Fofão. A levantadora começou ontem a primeira
partida como titular desde que
machucou a perna. Em algumas partidas, teve de entrar no
sacrifício para ajudar o time.
"O fato de eu começar jogando foi fundamental. O Zé perguntou: "Vamos sair jogando?".
Eu respondi: "Lógico, estou
pronta". É uma satisfação muito grande ter conseguido essa
vaga", afirmou Fofão, quarta
colocada no Mundial de 1998.
A meio-de-rede Fabiana e a
ponta Sassá, recuperadas, também se destacaram ontem.
"O grupo está muito feliz
com a recuperação de quem estava machucada", disse Sassá,
atacante do grupo de 2002.
Com o passe bem feito, Fofão
conseguiu ótima variação de jogadas, e o Brasil dominou o jogo. Tamanha superioridade foi
reconhecida até pelo rival.
"Se um time joga como o Brasil, não há como competir. Minha equipe jogou muito melhor
hoje [ontem], mas elas não nos
deixaram fazer nada", afirmou
o técnico Giovanni Guidetti.
BRASIL - Walewska (7 pontos), Fofão (4), Fabiana (10), Sassá (13), Jaqueline (6), Sheilla
(11) e Fabi, Carol, Mari, Paula Pequeno, Renatinha; ALEMANHA - Weiss, Dumler (7), Fürst (1),
Grün (12), Thumm (5), Ssusckle (5) e Tzscherlich, Hart, Schlüter, Kozuch (5)
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