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Nacional dá partida sem TV e tabela
Franca e Rio Claro, insatisfeitos com divisão de receita do torneio de basquete, estudam desistir dele
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Nacional masculino de
basquete começa hoje com dois
jogos (Paulistano x Flamengo e
Joinville x Minas), mas sem
TV, sem tabela e sem saber
quantas equipes estarão na disputa. O torneio atual promete
ser tão caótico quanto a última
edição, na qual houve guerra de
liminares que obrigou a confederação brasileira a alterar a
fórmula. Não houve campeão.
O início agora fez com que o
torneio gerasse pouco interesse nos clubes de São Paulo, que
ainda disputam o Estadual.
O ônus com viagens também
pesou na decisão dos times, e só
três paulistas tomarão parte. É
a mais reduzida participação do
Estado no torneio, criado em
1990. Anteriormente, a mais
baixa representação havia sido
cinco times, em 1990 e 1991.
O problema é que o trio paulista pode ser reduzido a um time só. Amanhã, Franca e Rio
Claro irão confirmar se ficam.
Ambos pedem para estrear
no Nacional em dezembro -a
tabela ainda não saiu, só os dois
jogos de hoje. Na quarta, a CBB
enviou aos clubes um rascunho. Houve várias críticas, e foi
marcada para amanhã, um dia
após o início do torneio, uma
reunião para decidir a tabela.
"Não sei o motivo de começar
às pressas. Acho que os outros
Estados querem jogar um torneio forte. Mas para os paulistas foi ruim", diz Rafael D'Urso,
diretor do Rio Claro, que calcula que sua equipe fará um jogo a
cada 2,7 dias até o fim do ano.
Não bastasse o excesso de
partidas, a dupla também reclama do contrato com o Sportv,
que ainda nem foi assinado. A
Folha apurou que a emissora
pagará R$ 750 mil pelo Nacional. A CBB embolsa parte da
verba. O restante é dividido, em
valores iguais, entre os clubes.
"Deveria haver um rateio da
receita entre os clubes, e os que
forem aos mata-matas ganhariam um bônus", defende Paulo
Silas, presidente do Franca.
O dirigente usa a lógica.
Quem chegar à fase decisiva terá mais despesas com viagem.
Outro ponto de discordância
é que todos os clubes seriam
responsáveis solidários por
qualquer prejuízo causado ao
Sportv nas transmissões.
"Muitos clubes estréiam, e
não creio que alguém tenha
má-fé. Mas não podemos correr risco de pagar pela inadimplência alheia", teme D'Urso.
Caso não sejam atendidos na
reunião de amanhã, na CBB, os
times podem deixar a disputa.
"Ainda não sabemos se vamos disputar o Nacional. Se
Franca não jogar, também não
jogaremos", conta o dirigente
do Rio Claro, que diz já ter conversado sobre o tema com o
presidente da confederação,
Gerasime Bozikis, o Grego.
A CBB informou, através de
sua assessoria de imprensa, que
a reunião de amanhã servirá
para atender a reivindicação
dos clubes em relação à tabela.
A entidade também informou que Franca e Rio Claro
não participaram de nenhuma
reunião com a TV nem fizeram
qualquer pedido, oficial ou não,
sobre as condições do contrato.
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