São Paulo, quinta-feira, 12 de novembro de 2009

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Por Copa, Qatar aceita bebidas e até Israel

DA REPORTAGEM LOCAL

Para organizar pela primeira vez uma Copa do Mundo no Oriente Médio, o Qatar admite abrir mão de um preceito sagrado do Alcorão e mexer num tema bastante espinhoso em países muçulmanos -reconhecer a existência de Israel.
Quem garante é Hassan Abdulla Al Thawadi, principal executivo da candidatura do país, que pleiteia abrigar o evento em 2022.
"Todas as nações que participarem da Copa do Mundo serão bem-vindas", declarou, ao ser questionado sobre uma hipotética classificação de Israel -que hoje não é reconhecido como Estado pelo Qatar e por outras nações árabes.
"A candidatura fará história justamente por abrir as portas do diálogo entre Ocidente e Oriente", afirmou Al Thawadi.
Além da questão política, o Qatar se disse pronto para outra abertura considerada ousada para os padrões muçulmanos: a permissão para o consumo de bebidas alcoólicas durante a Copa do Mundo -uma grande fabricante de cerveja é patrocinadora oficial da Fifa.
Hoje, só estrangeiros possuem permissão para beber.
"Queremos que seja uma competição familiar, mas o álcool será admitido. Vamos flexibilizar o consumo em todo o país", disse o executivo.
O Qatar conta ainda com as novas tecnologias para produzir "zonas de frescor" ao redor dos estádios. A preocupação, neste caso, é com o calor de 45C durante o verão no país.
Em alguns estádios do país, a temperatura já é controlada.
Doha, sua capital, fracassou ao tentar organizar a Olimpíada de 2016. O país foi eliminado pouco depois da primeira vistoria do COI porque queria fazer o evento numa data diferente da estipulada pelo comitê.


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