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Decisão de Nacional se torna duelo de novatos
Ourinhos e Americana começam hoje disputa pelo título feminino de basquete
Nunca antes final do torneio registrou confronto entre treinadores estreantes, como Branca e Uruba, em competição deste nível
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um duelo de novatos marcará a decisão do Nacional feminino de basquete, entre Ourinhos e Americana, que começa
hoje, no ginásio Monstrinho.
Nunca antes a decisão do Nacional teve um choque entre
treinadores que não haviam
disputado uma competição
deste nível anteriormente.
De um lado está Urubatan
Lopes Paccini, 59, o Uruba, do
Ourinhos, que disputa seu primeiro torneio como comandante de um time adulto.
Uruba viveu três anos na
sombra, como assistente de
Paulo Bassul, treinador da seleção e comandante do atual tetracampeão do Brasileiro.
A chance de dirigir a equipe
surgiu após o Paulista, quando
o Catanduva quebrou uma hegemonia de quatro anos do Ourinhos nas quadras do Estado.
Com o clube insatisfeito com
o técnico, que já havia fracassado com a seleção na Olimpíada
-o Brasil foi o penúltimo em
Pequim-, Bassul foi demitido,
abrindo vaga para Uruba. "Foi
uma transição tranqüila. Conhecia todas as jogadoras e já
havia substituído o Bassul em
suas ausências para dirigir a seleção", rememora o treinador.
Na final, o técnico reencontrará uma antiga amiga, mas dirigindo a equipe adversária.
Quando dava seus primeiros
passos com a prancheta -era
assistente das categorias de base do Assis-, ele acompanhou
o surgimento de dois jovens talentos: as irmãs Paula e Branca.
"Conheço o Uruba há uns 30
anos. Sempre mantivemos laços afetivos", conta Maria Angélica Gonçalves, a Branca. "A
gente é amigo e se gosta muito.
Todas as vezes que a gente tem
chance, nós nos falamos. As
duas [Paula e Branca] são muito especiais", devolve Uruba.
Apesar de mais jovem, Branca, 42, possui um pouco mais de
experiência no comando de um
time adulto. Dirigiu o Piracicaba no Paulista-06. Mas a equipe, com pouca verba, não passou da penúltima colocação.
Para montar o elenco, Branca recorreu a antigas amizades.
Para dar sustentação ao grupo,
avalizou a vinda da ala Adriana,
37, que não atuava em quadras
nacionais havia sete anos.
Outro sustentáculo da equipe é a armadora Karla, 30, titular da seleção na Olimpíada.
"Mas Ourinhos é favorito.
Eles têm uma verba de R$ 70
mil mensais. Não temos nem a
metade disso", comenta Branca, apontando o abismo financeiro entre as contendoras.
De fato, Ourinhos é o favorito. O elenco conta com uma
equipe inteira que defendeu o
Brasil em Pequim-08: Karen,
Chuca, Micaela, Êga e Mamá.
Pesa contra o elenco mais estrelado do país o fato de não ter
conquistado nenhum título significativo neste ano. Perdeu o
Paulista e os Jogos Abertos do
Interior para o Catanduva.
NA TV - Ourinhos x Americana
Sportv 2, ao vivo, às 20h
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