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Di Grassi é 30º brasileiro na F-1
Piloto consegue patrocinador, assina contrato com a Virgin e fará sua estreia no GP do Bahrein
Carro da equipe inglesa ainda está em fase de produção e só deve fazer seus primeiros testes em fevereiro, na Espanha
Eric Gaillard/Reuters
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O presidente da FIA, o francês Jean Todt, em Mônaco, onde foram ratificadas mudanças no critério de pontuação da F-1 para o Mundial a ser disputado no ano que vem
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez desde
2001, o Brasil iniciará uma
temporada da F-1 com quatro
representantes no grid. O paulista Lucas di Grassi, 25, assinou contrato com a Virgin e estreará no GP do Bahrein, em 14
de março. Será o 30º piloto do
país a correr na mais importante categoria do automobilismo.
Além dele, já estavam confirmados Felipe Massa, na Ferrari, Rubens Barrichello, na Williams, e Bruno Senna, na Campos. Um quinto brasileiro, um
recorde para o país num início
de temporada, ainda pode surgir: Nelsinho Piquet, que conversa com algumas equipes.
"Lutei muito para chegar a
este lugar onde estou. Vou entrar na F-1 maduro, com experiência em testes. É um projeto
de longo prazo, estou entrando
para ficar", afirmou Di Grassi.
As negociações do piloto com
a equipe vinham desde meados
de junho. Na ocasião, a FIA (entidade máxima do automobilismo) confirmou a estreia do time, ainda sob o nome Manor.
Contou a favor do brasileiro
seu bom relacionamento com
os chefes da equipe nos tempos
da F-3. Em 2005, pela Manor,
foi terceiro no campeonato inglês e conquistou o GP de Macau, o "Mundial" da categoria.
Depois disso, Di Grassi conseguiu bons resultados na GP2.
Em 2006, foi 17º colocado. Mas
foi vice em 2007 e terceiro em
2008 e 2009. Paralelamente,
atuou como piloto de testes da
Renault e participou de um
"vestibular" na antiga Honda,
vencido por Bruno Senna
-com a mudança de comando
do time, o teste acabou não tendo nenhum resultado prático.
Faltava, porém, atrair um patrocinador que abrisse de vez as
portas na F-1. E Di Grassi conseguiu nas últimas semanas,
acertando com a Unilever, multinacional de produtos alimentícios, de higiene e de limpeza.
Seu primeiro compromisso
oficial pelo time será na próxima terça-feira, num evento de
apresentação em Londres.
Além dele, estarão presentes
o alemão Timo Glock, seu companheiro de equipe, e o magnata inglês Richard Branson, dono do grupo Virgin, que deixou
de ser apenas um patrocinador
da Brawn para comprar 20% da
antiga Manor e batizá-la.
O carro da Manor, como todos os estreantes, usará motor
Cosworth. Está sendo produzido pela Wirth Research, de
Nick Wirth, especialista em aerodinâmica que chegou a ter
sua própria equipe, a Simtek.
Os primeiros testes da Virgin
só devem acontecer em fevereiro, na Espanha. Até lá, Di Grassi
e Glock se ocuparão com trabalhos na fábrica, exercícios físicos, compromissos comerciais
e treinos em simuladores.
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