São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 2009

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Di Grassi é 30º brasileiro na F-1

Piloto consegue patrocinador, assina contrato com a Virgin e fará sua estreia no GP do Bahrein

Carro da equipe inglesa ainda está em fase de produção e só deve fazer seus primeiros testes em fevereiro, na Espanha

Eric Gaillard/Reuters
O presidente da FIA, o francês Jean Todt, em Mônaco, onde foram ratificadas mudanças no critério de pontuação da F-1 para o Mundial a ser disputado no ano que vem

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez desde 2001, o Brasil iniciará uma temporada da F-1 com quatro representantes no grid. O paulista Lucas di Grassi, 25, assinou contrato com a Virgin e estreará no GP do Bahrein, em 14 de março. Será o 30º piloto do país a correr na mais importante categoria do automobilismo.
Além dele, já estavam confirmados Felipe Massa, na Ferrari, Rubens Barrichello, na Williams, e Bruno Senna, na Campos. Um quinto brasileiro, um recorde para o país num início de temporada, ainda pode surgir: Nelsinho Piquet, que conversa com algumas equipes.
"Lutei muito para chegar a este lugar onde estou. Vou entrar na F-1 maduro, com experiência em testes. É um projeto de longo prazo, estou entrando para ficar", afirmou Di Grassi.
As negociações do piloto com a equipe vinham desde meados de junho. Na ocasião, a FIA (entidade máxima do automobilismo) confirmou a estreia do time, ainda sob o nome Manor.
Contou a favor do brasileiro seu bom relacionamento com os chefes da equipe nos tempos da F-3. Em 2005, pela Manor, foi terceiro no campeonato inglês e conquistou o GP de Macau, o "Mundial" da categoria.
Depois disso, Di Grassi conseguiu bons resultados na GP2. Em 2006, foi 17º colocado. Mas foi vice em 2007 e terceiro em 2008 e 2009. Paralelamente, atuou como piloto de testes da Renault e participou de um "vestibular" na antiga Honda, vencido por Bruno Senna -com a mudança de comando do time, o teste acabou não tendo nenhum resultado prático.
Faltava, porém, atrair um patrocinador que abrisse de vez as portas na F-1. E Di Grassi conseguiu nas últimas semanas, acertando com a Unilever, multinacional de produtos alimentícios, de higiene e de limpeza.
Seu primeiro compromisso oficial pelo time será na próxima terça-feira, num evento de apresentação em Londres.
Além dele, estarão presentes o alemão Timo Glock, seu companheiro de equipe, e o magnata inglês Richard Branson, dono do grupo Virgin, que deixou de ser apenas um patrocinador da Brawn para comprar 20% da antiga Manor e batizá-la.
O carro da Manor, como todos os estreantes, usará motor Cosworth. Está sendo produzido pela Wirth Research, de Nick Wirth, especialista em aerodinâmica que chegou a ter sua própria equipe, a Simtek.
Os primeiros testes da Virgin só devem acontecer em fevereiro, na Espanha. Até lá, Di Grassi e Glock se ocuparão com trabalhos na fábrica, exercícios físicos, compromissos comerciais e treinos em simuladores.


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