São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 2009

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MOTOR

Retratos antigos


Quase um ano depois, uma visita aos prognósticos para os três pilotos brasileiros no campeonato de 2009


FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE

UMA MINISSÉRIE de três colunas, em janeiro, tentou analisar os objetivos dos brasileiros na temporada de F-1 que começaria dois meses depois e imaginar os cenários que cada um encontraria pela frente. Foram retratos daquele momento, de uma pré-temporada aguda, das primeiras experiências com um novo regulamento, da avalanche de incertezas que afligia o mais veterano deles. E é sempre interessante -quando não constrangedor- revisitar retratos antigos...
Começou com "O ano de Massa", em 17 de janeiro: "A não ser que uma gigantesca surpresa aconteça na pré-temporada, Massa largará em Melbourne com status de "o" rival de Hamilton." E viva a ressalva! Porque a "gigantesca surpresa" apareceu, nos últimos dias de testes: o revolucionário carro da Brawn, que deixou a concorrência pasma antes mesmo do embarque para a Austrália, que venceu 6 dos 7 primeiros GPs, que desintegrou todos os prognósticos.
Se a mola voadora era imprevisível, a ascendência em Maranello, não: "Hamilton é absoluto na McLaren, e Massa começa a ganhar espaço parecido em Maranello". A falta de motivação de Raikkonen já era pungente em 2009. Deu no que deu.
Uma semana depois, "O ano de Barrichello". Que, àquela altura, nem ele sabia como seria. Sua única chance era na "ex-Honda, que deve alinhar no grid de Melbourne bancada por Ecclestone e por uma "vaquinha" entre as principais equipes". O 2009 de Barrichello dependia de quem assumisse o espólio de Brackley, e ele estaria frito se fosse Fry. Mas foi Brawn. Deu no que deu.
Enfim, em 31 de janeiro, "O ano de Nelsinho". "Se o ano passado foi de estreia, de reconhecimento do terreno, de tentar ficar longe dos problemas, este deve ser de imposição, porque traz ares de última chance (...) O que resolve agora é pé embaixo. Pé embaixo com regularidade."
E isso não aconteceu. Ou alguém duvida de que o "crime" de Nelsinho seria perdoado se ele tivesse mostrado velocidade? A F-1 é cheia de exemplos que dão a resposta. Nelsinho não marcou nenhum ponto em dez GPs em 2009. Deu no que deu.

NOVATO
Na Virgin, Di Grassi terá um companheiro experiente, Glock, e uma estrutura que conhece desde os tempos da F-3, a da Manor. Diante da demora da Renault, assinar com a novata foi excelente decisão.

VETERANO
Schumacher deve ser o assunto das próximas semanas, até a Mercedes anunciar o parceiro de Rosberg ou os carros irem para a pista. Ele corre? Vai depender do poder de convencimento de Brawn. E, sejamos francos, da conversa com a patroa.

FÉRIAS
Esta coluna volta em 23 de janeiro.
Comportem-se. E boas-festas.

fabioseixas.folha@uol.com.br


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