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Caça a Sampras move ano de Federer
Suíço, líder do ranking de tênis pode superar o norte-americano em títulos do Grand Slam e prêmios
Andrew Brownbill/Associated Press
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O suíço Roger Federer faz exercício físico durante treinamento em Melbourne, cenário da disputa do Aberto australiano |
DA REPORTAGEM LOCAL
O suíço Roger Federer inicia
no Aberto da Austrália, que começa hoje, uma temporada de
caça a recordes históricos.
Se conseguir manter a média
dos últimos anos, Federer vai
reduzir ainda mais os argumentos estatísticos de quem
questiona se o atual número
um do mundo é o melhor tenista de todos os tempos.
Campeão de três Grand
Slams em 2007, o suíço vislumbra a chance de ultrapassar o
norte-americano Pete Sampras
como o maior vencedor da série
de torneios de elite (Aberto da
Austrália, Roland Garros,
Wimbledon e Aberto dos EUA)
-Sampras tem 14 títulos, enquanto Federer soma 12.
O americano pode ceder a
Federer o lugar no topo entre
os tenistas mais bem recompensados no circuito. Sampras
é o único a romper a barreira
dos US$ 40 milhões em prêmios e acumula US$ 43,280 milhões. Com US$ 38,707 milhões, Federer faturou em cada uma das últimas quatro temporadas mais do que a quantia que
hoje o separa de Sampras.
E são justamente feitos não
atingidos pelo atual recordista
de Grand Slam objetos de grande motivação para Federer.
A exemplo do americano, falta ao currículo do suíço a conquista de Roland Garros.
Nesta temporada, Federer
também sonha com o ouro
olímpico em Pequim. Uma
temporada perfeita lhe daria o
Golden Slam, ou seja, a conquista no mesmo ano dos quatro Grands Slams e do ouro
olímpico. O feito, inédito entre
os homens, foi obtido pela alemã Steffi Graf obteve em 1988.
Em seu primeiro desafio na
temporada, no Aberto da Austrália, Federer tenta ainda ser o
terceiro tenista na história e o
primeiro na Era Aberta (a partir de 1968) a conseguir o "hat
trick", que é vencer três vezes
seguidas um Grand Slam.
Só ele (Wimbledon e Aberto
dos EUA) e o sueco Bjorn Borg
(Roland Garros e Wimbledon)
conseguiram o "hat trick" em
mais de um evento do Grand
Slam. Federer tenta ser o único
a conquistar o feito em três dos
quatro principais torneios.
Mas a temporada que pode
ser histórica começou com algumas dores de cabeça.
Pela primeira vez desde
2000, quando estreou no Aberto, Federer vai entrar nas quadras de Melbourne sem uma
disputa prévia. Como em 2007,
o suíço tinha programado o torneio de exibição de Kooyong na
semana passada, mas cancelou
a sua participação por causa de
um vírus estomacal -ele se diz
plenamente recuperado.
A ausência tem um agravante. Após 20 anos, a organização
do Aberto da Austrália troca o
piso da disputa: sai o Rebound
Ace e entra o Plexicushion. Os
dois pisos são sintéticos, porém
com características próprias de
velocidade e quique da bola. O
evento de Kooyong foi disputado sobre Plexicushion.
Além disso, Federer tem a
pressão de poder perder o topo
do ranking para Rafael Nadal.
Isso acontecerá se o espanhol
vencer e Federer cair antes da
semifinais ou Nadal chegar à
decisão e o suíço for eliminado
antes da terceira rodada.
NA TV - Aberto da Austrália
ESPN, ao vivo, às 22h
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