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Morre Friaça, autor do gol do Brasil na final de 50
Ex-ponta-direita da seleção, de 84 anos, será enterrado em sua cidade natal, Porciúncula-RJ, onde foi decretado luto por três dias
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Autor do único gol do Brasil
na final da Copa de 1950, o ex-ponta-direita Albino Friaça
Cardoso morreu ontem de manhã em Itaperuna, cidade a 360
km do Rio, no noroeste fluminense. Tinha 84 anos.
Friaça, como era conhecido
no futebol, estava internado no
Hospital São José do Avaí havia
45 dias. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos decorrente de uma pneumonia.
O corpo do ex-jogador foi velado na Câmara Municipal de
Porciúncula, onde Friaça nasceu. O prefeito Antonio Jogaib
(PP) decretou três dias de luto.
O estádio municipal de Porciúncula se chama Albino Friaça Cardoso, em homenagem a
seu filho mais ilustre.
Ídolo no Vasco, onde participou do time conhecido como o
Expresso da Vitória, nos anos
40 e 50, Friaça integrou a seleção brasileira que perdeu para
o Uruguai o Mundial de 1950,
no Maracanã, por 2 a 1.
Quando a partida ainda estava empatada, o ponta-direita
marcou o primeiro gol, no início do segundo tempo. Mas o
Uruguai virou o jogo e conquistou a Taça Jules Rimet.
Friaça costuma ser lembrado
como um ponta-direita veloz e
de chute forte. No Vasco, jogou
de 1943 a 1949, quando se
transferiu para o São Paulo. No
ano seguinte, foi para a Ponte
Preta. Retornou ao Vasco em
1951, mas, dois anos depois, estava de novo na Ponte. Naquele
mesmo 1953, voltou ao Vasco,
onde ficou até o ano seguinte.
Encerrou a carreira no Guarani
de Campinas, em 1958.
Pela seleção, disputou 13 jogos, mas marcou só um gol. No
Mundial de 1950, esteve em
quatro jogos. Pela seleção, conquistou a Copa Rio Branco, em
1947 e 1950, a Taça Oswaldo
Cruz, em 1950, e o Pan-Americano de 1952. Pelo Vasco, foram seis títulos.
Em 2007, Friaça sofreu um
AVC (acidente vascular cerebral). Já não enxergava do olho
direito e falava com dificuldades. O ex-ponta-direita deixa a
mulher, Maria Helena, e os filhos Ronaldo, Rogério e Maria
Inês. O filho Ricardo morreu
em 1992, aos 33 anos, em um
acidente de voo livre.
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