São Paulo, terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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Morre Friaça, autor do gol do Brasil na final de 50

Ex-ponta-direita da seleção, de 84 anos, será enterrado em sua cidade natal, Porciúncula-RJ, onde foi decretado luto por três dias

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Autor do único gol do Brasil na final da Copa de 1950, o ex-ponta-direita Albino Friaça Cardoso morreu ontem de manhã em Itaperuna, cidade a 360 km do Rio, no noroeste fluminense. Tinha 84 anos.
Friaça, como era conhecido no futebol, estava internado no Hospital São José do Avaí havia 45 dias. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos decorrente de uma pneumonia.
O corpo do ex-jogador foi velado na Câmara Municipal de Porciúncula, onde Friaça nasceu. O prefeito Antonio Jogaib (PP) decretou três dias de luto.
O estádio municipal de Porciúncula se chama Albino Friaça Cardoso, em homenagem a seu filho mais ilustre.
Ídolo no Vasco, onde participou do time conhecido como o Expresso da Vitória, nos anos 40 e 50, Friaça integrou a seleção brasileira que perdeu para o Uruguai o Mundial de 1950, no Maracanã, por 2 a 1.
Quando a partida ainda estava empatada, o ponta-direita marcou o primeiro gol, no início do segundo tempo. Mas o Uruguai virou o jogo e conquistou a Taça Jules Rimet.
Friaça costuma ser lembrado como um ponta-direita veloz e de chute forte. No Vasco, jogou de 1943 a 1949, quando se transferiu para o São Paulo. No ano seguinte, foi para a Ponte Preta. Retornou ao Vasco em 1951, mas, dois anos depois, estava de novo na Ponte. Naquele mesmo 1953, voltou ao Vasco, onde ficou até o ano seguinte. Encerrou a carreira no Guarani de Campinas, em 1958.
Pela seleção, disputou 13 jogos, mas marcou só um gol. No Mundial de 1950, esteve em quatro jogos. Pela seleção, conquistou a Copa Rio Branco, em 1947 e 1950, a Taça Oswaldo Cruz, em 1950, e o Pan-Americano de 1952. Pelo Vasco, foram seis títulos.
Em 2007, Friaça sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). Já não enxergava do olho direito e falava com dificuldades. O ex-ponta-direita deixa a mulher, Maria Helena, e os filhos Ronaldo, Rogério e Maria Inês. O filho Ricardo morreu em 1992, aos 33 anos, em um acidente de voo livre.


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