Semifinalistas da última edição travam confronto na Colômbia na descendente

Enquanto equipe de Leão conta com vários jovens e "gringos" de pouco nome, rival preserva apenas uma de suas estrelas de 2007

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Não faz muito tempo, Santos e Cúcuta estavam firmes e fortes na semifinal da Libertadores. Menos de um ano depois, juntos na mesma chave, os dois clubes contam os prejuízos técnicos em relação a 2007 e apenas sonham em avançar para o mata-mata do nobre torneio.
O duelo de estréia dos times na competição acontecerá na Colômbia sob a marca da desconfiança. Mesmo com o Santos sendo cabeça-de-chave, o Chivas Guadalajara aparece como a maior força do momento no Grupo 6. A equipe brasileira vem de derrota para o São Paulo (2 a 3), assim como o Cúcuta vê uma série de dois tropeços.
A base dos dois times foi profundamente afetada do último ano para este. Se o Santos perdeu nomes como Zé Roberto, Maldonado e Cléber Santana, o Cúcuta, sensação da última edição, não tem mais os serviços de Rueda, Moreno, Castillo ou mesmo do goleador Blas Pérez.
Se Vanderlei Luxemburgo abandonou o projeto de ser campeão da Libertadores com o Santos (foi para o Palmeiras, que não está na disputa), o treinador José Luis Bernal, comandante do time colombiano em 2007, também foi embora.
O Santos chegou à Libertadores como vice-campeão brasileiro, mas, depois da segunda posição no Nacional caiu bastante de produção. No Paulista, tem lutado até agora para fugir das últimas colocações e vê seguidos protestos de torcedores.
Já o Cúcuta, que alcançou apenas pela segunda vez em sua história a Libertadores, classificou-se pelo acúmulo de pontos nos torneios nacionais da Colômbia no ano passado. Neste ano, não faz boa campanha em seu país, no entanto.
O principal nome do Santos hoje é Kléber, lateral-esquerdo que normalmente integra a seleção brasileira. Porém o jogador mais uma vez desfalcará a equipe -ele está contundido. No Cúcuta, o destaque solitário fica por conta do meia Torres, remanescente da campanha passada que esteve na mira do próprio Santos para este ano.
O técnico Emerson Leão pode aproveitar hoje vários jogadores jovens, de pouca experiência internacional. É o caso do lateral Carleto. ""E muita emoção a primeira Libertadores. A gente vê pela TV o torneio, que é uma batalha", diz.
Na lista de 25 inscritos do Santos na Libertadores, aparecem ainda Anderson Salles, Tiago Luís e Alemão, da equipe que jogou a recente Copa São Paulo júnior. Os estrangeiros que foram contratados, o chileno Sebastian Pinto, o colombiano Molina, o equatoriano Quiñonez e o argentino Mariano Trípodi, também foram inscritos, mas devem só assistir a estréia do time fora de casa.
A novidade na lista é o zagueiro Fabão, ex-São Paulo. Ele se recupera de lesão e deverá ganhar espaço no time ao longo da competição. Um dos jogadores do elenco com mais experiência em Libertadores, o atacante Kléber Pereira vem de um jogo ruim individualmente -perdeu pelo menos três chances claras para marcar contra o São Paulo e foi muito criticado.
Fábio Costa, outro líder do time, também falhou no clássico.