São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011

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Carpegiani revive dias de inventor

PAULISTA
Contra a Portuguesa, São Paulo promove estreia de Rhodolfo, mas em posição improvisada

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

A instabilidade apresentada pelo São Paulo neste início de Campeonato Paulista levou o técnico Paulo César Carpegiani a revitalizar o rótulo de "Professor Pardal".
O treinador ganhou como apelido o nome do personagem inventor dos desenhos da Disney durante sua primeira passagem pelo Morumbi. Em 1999, trocava muito seu time titular e escalava jogadores fora da posição.
Neste Estadual, o apelido voltou a fazer sentido graças às inúmeras improvisações e escalações diferentes já testadas. O esquema tático, por outro lado, tem se mantido.
"Uso sempre a mesma formação, com uma linha de quatro na defesa, quatro no meio e dois pontas de lança", afirmou Carpegiani.
Mas, para manter o 4-4-2 que julga ser ideal, o treinador tem feito malabarismos.
Descontente com a falta de vocação defensiva dos seus laterais, o técnico tem improvisado zagueiros para ocupar a posição pelo lado direito. Assim, Juan, um quase ala pela esquerda, ganha mais liberdade para ir ao ataque.
Contra a Portuguesa, hoje, no Canindé, o escolhido para ser adaptado será o estreante Rhodolfo, zagueiro com físico bastante incomum para a lateral (1,93 m e 84 kg). Com ele, a equipe terá sua oitava escalação diferente em oito jogos na atual temporada.
O novo camisa 4, que trabalhou com Carpegiani no Atlético-PR e teve sua contratação pedida pelo treinador, vai tentar desempenhar o papel que os também zagueiros Renato Silva, Xandão e Luiz Eduardo não conseguiram neste começo de ano.
"Perdemos segurança pela forma como o Juan e o Jean jogam. Eles são ofensivos e precisam se adaptar à lateral. Só quando estiverem prontos para isso vão atuar juntos", adicionou o técnico, que vai utilizar Jean no meio.
A defesa tem sido o maior motivo de preocupação do comandante são-paulino. O time, que entrou na rodada como quinto colocado do Estadual, já sofreu dez gols.
Mesmo dentro do elenco, o desempenho tem rendido críticas. O zagueiro Miranda reclamou que o sistema atual, voltado ao ataque, "é muito frágil e vulnerável".
Carpegiani respondeu cobrando garra dos jogadores e lamentou a ausência de volantes de marcação mais pesada no São Paulo. Em situação emergencial, o treinador chegou a usar Rivaldo, que fez carreira como meia-atacante, nessa posição.
No ataque, também há espaço para invenções. Dagoberto, que sempre foi atacante de velocidade, tem sido titular como centroavante. Lucas Gaúcho e Fernandão, com físico e características mais comuns para a função, são preteridos pelo técnico.

PORTUGUESA Weverton; Paulo Sérgio, Maurício, Domingos e Marcelo Cordeiro; Ferdinando, Ademir Sopa, Ivo e Héverton; Kempes e Jael
T.: Sérgio Guedes

SÃO PAULO
Rogério; Rhodolfo, Alex Silva, Miranda e Juan; Jean, Rodrigo Souto, Carlinhos e Rivaldo; Dagoberto e Fernandinho
T.: Paulo César Carpegiani

Estádio: Canindé
Horário: 17h
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra


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