|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estados protestam, e
ministério vai a Lula
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro do Esporte, Agnelo
Queiroz, solicitará hoje ao presidente Lula aumento do orçamento de sua pasta com o objetivo de
preservar projetos sociais, cujas
atividades, em alguns casos, já estão paralisadas pelo Brasil.
O contingenciamento de
88,34%, que encolheu o orçamento do ministério para 2003 para
R$ 43,1 milhões, fez com os secretários estaduais passem a ter como uma das principais preocupações a renovação dos convênios
referentes aos projetos sociais.
O orçamento do ministério para
este ano, mesmo que fosse dirigido de forma integral ao social,
ainda seria insuficiente para renovar esses convênios que beneficiam municípios, em andamento
desde o governo passado, segundo projeção de representante do
Fórum dos Secretários Estaduais
de Esporte. Para isso, seriam necessários cerca de R$ 50 milhões.
O ministro pedirá que o orçamento de sua pasta fique entre R$
110 milhões e R$ 150 milhões para
projetos sociais e esporte de alto
rendimento, segundo informou a
sua assessoria de imprensa, pois
Queiroz não estava disponível até
o fechamento desta edição.
O presidente do fórum, Lars
Grael, secretário da Juventude de
São Paulo, afirma que tem previsto encontro com Queiroz até o final do mês durante o qual discutirá em profundidade o destino dos
convênios, entre outros assuntos.
Uma das reclamações mais frequentes entre os secretários estaduais é o desconhecimento do
destino dos convênios para 2003.
"O ministro precisa nos chamar
urgentemente para discutir qual
caminho seguir. Temos de saber
se mantemos mobilizadas as pessoas que vinham trabalhando nos
projetos", afirma Rodrigo Terra,
da Fundação do Desporto e Lazer
de Mato Grosso do Sul (que equivale à secretaria de esporte), Estado sob administração petista.
"Temos só um programa, o Esporte Solidário [em Niterói], em
andamento e que não sabemos se
vai seguir. Espero que o presidente dê apoio ao ministro e que o governo federal reveja sua posição e
mantenha viva essa ferramenta de
inclusão social [os convênios]",
explica Francisco de Carvalho, secretário de Esportes do Rio, que
tem administração do PSB.
Além de pedir o prosseguimento do projeto já existente, Carvalho planeja encaminhar ao ministério pedido para expandir o número de municípios beneficiados
no Estado para dez. Também cobrará reforma no Maracanãzinho, que teria sido pré-acordada
com a administração passada.
A reforma custaria entre R$ 7
milhões e R$ 8 milhões. O programa Esporte Solidário em Niterói
tem custo mensal de R$ 42 mil.
"É louvável o governo federal
ter como meta a inclusão social,
mas para que isso ocorra é necessário o fomento", analisa Grael,
cujo Estado é dirigido pelo PSDB.
A secretaria de São Paulo mantém só um convênio com o Ministério do Esporte, relativo à construção da vila olímpica Mário Covas. "Quero firmar convênios para atingir 10% dos municípios mais pobres do Estado, 64", diz.
Texto Anterior: Lei Rouanet para o esporte é vetada Próximo Texto: Panorâmica - Vôo Índice
|