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Basquete do Brasil vai aos Jogos, diz Moncho
"Não vou perder", fala o novo treinador do time masculino
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Novo técnico da seleção masculina, o espanhol Moncho
Monsalve prometeu classificar
o Brasil para a Olimpíada.
"Não vou perder. Não vamos
perder. Asseguro isso", disse
ele, em referência ao Pré-Olímpico de Atenas, em julho.
Moncho, 63, afirmou que a
vaga estará garantida se os atletas que chamará em 13 de maio
deixarem de lado questões pessoais e "formarem um grupo".
Segundo ele, talentos o Brasil
possui, basta ver que muitos
atuam na Europa e nos EUA.
"Falta atuar coletivamente.
Essa é maior missão da minha
vida", comentou Moncho.
O espanhol dirigiu as seleções de Marrocos, Suíça, República Dominicana e, nos três últimos anos, a B da Espanha.
Derrotada nos torneios classificatórios, a seleção masculina não disputou as Olimpíadas
de Sydney-00 e Atenas-04.
"O Brasil é um grande país,
com valores individuais. Não
sabemos por que não formam
uma grande equipe. Quem não
respeita os critérios coletivos
não estará no grupo. Como é
possível que o Alex jogue cada
vez melhor em sua equipe e não
faça o mesmo na seleção?"
O espanhol assume a equipe
pregando "trabalho, diálogo e
simplicidade" como regras básicas para estar no grupo.
Sobre o Pré-Olímpico, Monsalve disse considerar que o
Brasil já passou da primeira fase. Em seu grupo, estão Grécia e
Líbano. Dois se classificam às
quartas-de-final. "Com todo o
respeito, se não vencer o Líbano, é melhor nem ir aos Jogos",
disse o técnico, para quem a
classificação se decidirá na segunda fase, quando acredita
que o Brasil terá de enfrentar
Alemanha ou Nova Zelândia.
O técnico planeja preparar a
seleção por quatro semanas.
"Creio que, se os atletas chegarem em boas condições físicas, é possível fazer a preparação com 35, 40 treinos."
Para o treinador, acertar o
sistema defensivo é fundamental -será a prioridade no início
dos treinos. A seguir, serão treinadas jogadas de contra-ataque
e rebote. Por fim, o ataque.
Monsalve disse que não está
preocupado com o pivô Nenê,
do Denver, que se recupera de
cirurgia que extraiu um tumor
no testículo. "Em boas condições físicas, seguramente ele é
um dos mais importantes jogadores. Mas agora não importa
isso. Importa a sua saúde."
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