São Paulo, domingo, 13 de março de 2011

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Iluminado

Na volta, Ganso faz jogada para gol e marca na vitória santista

Santos 2
Zé Love, a 1min, e Paulo Henrique Ganso, aos 9min do 2º tempo
Botafogo 1
Chicão, aos 45min do 2º tempo

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

A vitória do Santos sobre o Botafogo ontem na Vila Belmiro teve, como é praxe no futebol, dois tempos. Mas só 45 minutos importaram.
Aqueles em que Paulo Henrique Ganso esteve em campo. Bastou meio minuto para ele justificar toda a expectativa criada por sua volta, após quase sete meses se recuperando de contusão no joelho.
Foi o tempo que Ganso precisou para dar o primeiro toque na bola, um precioso lançamento que encontrou Zé Love sozinho na área. Na sequência, o atacante rolou para Elano, que marcou.
E se algum cético ainda duvidava de sua recuperação, aos 9min ele próprio tratou de definir, ao completar para as redes cruzamento da direita de Zé Love.
"Muita alegria, muita felicidade", resumiu o jogador, ao final da partida.
A vitória serviu também para recolocar o Santos na ponta do Paulista, ao menos até os jogos de São Paulo e Corinthians, nesta tarde.
Mas o que os torcedores comemoraram mesmo foi o retorno de Ganso, que começou a ter seu nome gritado antes do início da partida, quando apareceu no placar eletrônico da Vila Belmiro entre os jogadores suplentes.
O coro aumentava a cada passe errado de Diogo, herdeiro do número 10, que volta às costas de Ganso no jogo contra o Colo Colo, na quarta-feira, pela Libertadores. E se transformou em aplausos quando o meia voltou do intervalo já sem o colete preto dos atletas reservas.
Ganso agradecia aos torcedores, que assistiram a um primeiro tempo sem graça, do seu jeito, com assistências, toques de calcanhar e mais talento do que os santistas haviam visto no meio- -campo do time neste ano.
Afinal, era por ele que mais de 12 mil pessoas pagaram para entrar no estádio ontem, no maior público do Santos até aqui em 2011.
"Vou pisar no gramado, tocar uma bola, quem sabe não pinta um gol", disse Ganso pouco antes de ir a campo, 199 dias depois de romper um ligamento e lesionar o menisco e a cartilagem do joelho esquerdo.
Foi exatamente o que ele fez. Ainda assistiu ao Botafogo diminuir no final, mas nada que tirasse dos santistas o prazer - e alívio- de ver seu maestro no gramado.


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