São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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Rival "emperra" Luxemburgo

Taça ficou com o São Paulo em 4 das 5 vezes em que técnico saiu derrotado da disputa do Estadual

Palmeirense está a um título de empatar com ex-santista Lula como o treinador mais vitorioso da história do Campeonato Paulista

DA REPORTAGEM LOCAL

Se não fosse o São Paulo, Vanderlei Luxemburgo já poderia ser o treinador na história com mais títulos paulistas -soma sete, um a menos do que Lula conseguiu no Santos.
A equipe do Morumbi tem sido a responsável por evitar a completa hegemonia do vitorioso técnico no Campeonato Paulista. Em quatro das cinco vezes em que Luxemburgo disputou a competição e não levantou o troféu, foram os são-paulinos que comemoraram.
Aconteceu em 1989, 1991, 1992 e 1998. Na outra, em 1997, o treinador viu sua equipe ser alijada da disputa por uma derrota para o São Paulo, vice-campeão naquele ano.
Em duas oportunidades, a eliminação dos times de Luxemburgo foi diretamente proporcionada pelo clube tricolor.
Logo na primeira vez que o então desconhecido técnico fluminense disputou o Paulista, em 89, a então surpreendente campanha do Bragantino dirigido por ele -e que no ano seguinte se tornaria o campeão estadual na primeira final na história da competição com dois times do interior- ficou fora da decisão por pouco.
Os então pupilos de Luxemburgo caíram com duas derrotas para o São Paulo: 2 a 0 no Morumbi e 1 a 0 em Bragança Paulista. Na final, o time paulistano bateu o São José.
Em 1998, com Luxemburgo no Corinthians, já consagrado como grande técnico e dono de quatro títulos paulistas -três deles com o Palmeiras, em 1993, 1994 e 1996-, o São Paulo encerrou um jejum de seis anos sem erguer a taça estadual suplantando na decisão o time do Parque São Jorge.
Mas, apesar de ter sido o grande rival de Luxemburgo no Paulista, o São Paulo também já sofreu reveses em campanhas vitoriosas de equipes comandadas pelo treinador.
O próprio Palmeiras já festejou Paulistas sob a batuta de Luxemburgo deixando o arqui-rival em segundo lugar. Isso, no entanto, aconteceu em duas oportunidades em que não houve mata-matas -94 e 96.
Prestes a enfrentar o time do Morumbi em mais um jogo decisivo, Luxemburgo quis descaracterizar qualquer tipo de fatalidade ou escrita.
"Isso faz parte do contexto do futebol. Não vou ganhar nem perder o jogo por causa disso. Para mim, é coincidência", comentou o técnico. (PAULO COBOS, PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)


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