DA REPORTAGEM LOCAL

"Eu não queria encerrar a minha carreira no departamento médico." Foi dessa maneira que o goleiro Marcos iniciou a temporada de 2008.
Marcado por lesões seguidas e por voltas frustradas por novas contusões, o maior ídolo do elenco atual do Palmeiras estava amadurecendo a idéia da aposentadoria.
Mas aí surgiu Vanderlei Luxemburgo, uma enxurrada de reforços, e Marcos voltou a se defrontrar com a perspectiva de disputar um título.
Hoje, no duelo com o companheiro de posição Rogério, no estádio do Morumbi, Marcos tem certeza de que já valeu a pena não desistir.
"No Brasil, a última impressão é sempre a que fica. Não seria justo eu terminar uma carreira vitoriosa como a minha machucado", falou o goleiro.
Hoje Palmeiras e São Paulo fazem o primeiro dos dois jogos da semifinal do Paulista. E para Marcos, o entusiasmo é de um iniciante. "É um privilégio estar de novo em campo lutando por título. Estava tanto tempo fora que estou gostando até de concentração", brincou.
Para o confronto com o São Paulo, o goleiro não hesita em dar sua opinião sobre o favoritismo.
"O São Paulo vem conquistando títulos todos os anos. Tem um elenco certinho, que joga junto e está mais acostumado a decisões. Mas nós temos é que jogar", falou.
Quando o assunto foi a comparação com Rogério, um misto de respeito e admiração conduziu o seu discurso.
"Olha, apesar de não ter muito contato com ele, considero o Rogério um amigo. Fomos companheiros na Copa [da Coréia e do Japão], e ele me ajudou muito. Mas agora é cada um de um lado", afirmou.
Na lista de confrontos, a vantagem é de Rogério. Nas duas últimas Libertadores em que eles se encontraram, deu São Paulo. "Ele já fez três gols em mim. Dois de pênalti e um de falta. Agora vamos nos encontrar de novo", finalizou. (TA)


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