São Paulo, segunda-feira, 13 de abril de 2009

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Homens de trás avançam e decidem jogo na frente

Miranda faz em bola parada, e arracandas de Elias e Cristian decretam a virada

Corinthians 2
São Paulo 1
Eduardo Knapp/Folha Imagem
Cristian faz gesto obsceno usando marca da
Torcida Independente, do São Paulo


DA REPORTAGEM LOCAL

Três gols. Nenhum de Ronaldo, Washington, Dentinho, Borges, de qualquer atacante.
Não que Miranda, Elias e Cristian sejam coadjuvantes, mas não estão tão acostumados a marcar e surpreenderam ontem na frente e determinaram o bom 2 a 1 para o Corinthians.
O time mandante partiu para cima desde o início, com Jorge Henrique, Douglas, Dentinho e Ronaldo, opção ofensiva de Mano Menezes que atendeu aos pedidos de Ronaldo.
O São Paulo praticamente só teve chances em bola parada. E foi assim, aos 25min, que Miranda anotou de cabeça. Ele aproveitou em posição de impedimento falta venenosa cobrada por Jorge Wagner.
Foi só o primeiro gol de Miranda, que não havia jogado nenhum clássico, no ano. A vantagem são-paulina, porém, durou somente três minutos.
Elias pegou a bola na intermediária e partiu em velocidade em direção à área tricolor. Ele se livrou de dois defensores e deu um toque no canto direito de Rogério. Os quase 30 mil corintianos passaram a empurrar ainda mais o time "da casa".
O primeiro tempo transcorreu em ritmo rápido, com Felipe fazendo uma importante defesa quando Borges estava na sua cara. Miranda ainda teve o gostinho do segundo gol são-paulino em cabeçada após bola parada. Elias, um dos destaques ontem, festejou quase como outro gol o fato de ter salvado de cabeça em cima da linha.
O São Paulo foi obrigado a mudar ainda no primeiro tempo. Arouca saiu contundido, e Joilson entrou na ala direita. O Corinthians só mexeu em seu esquema ofensivo quando tinha um jogador a mais.
Aos 11min do segundo tempo, André Dias levou o segundo amarelo e foi expulso. O zagueiro, que protagonizou lance com Ronaldo no início do jogo que rendeu amarelo ao corintiano, é desfalque para o jogo da volta.
O Corinthians aumentou então a pressão e teve várias finalizações (19 contra 8 do rival). Jorge Henrique, que não é um exímio finalizador, desperdiçou algumas chances. E até Ronaldo pecou. Rogério alternou boas defesas com falhas.
Numa, lembrando Pagliuca na final da Copa de 1994, Douglas chutou no meio do gol, o goleiro deixou a bola escapar, e ela acabou beijando a trave.
O gol da virada estava evidente, mas o tempo jogava contra o Corinthians. Dagoberto entrou no São Paulo para puxar contra-ataques, mas apenas uma escapada de Jorge Wagner assustou Felipe. O meio-campista arrancou e bateu por cobertura da entrada da área -o goleiro se esticou e fez grande defesa ao botar para escanteio.
O ex-corintiano Jorge Wagner teria papel decisivo no gol derradeiro. No final dos acréscimos, quando parecia que o São Paulo conseguiria segurar o 1 a 1, que manteria sua vantagem de dois empates, Jorge Wagner perdeu a bola para Cristian, que acertou um potente chute e definiu o marcador. Aos 48min de jogo.
"Fiquei emocionado mesmo. Numa semifinal, no último minuto, foi para emocionar mesmo, como naquela semifinal com o Santos em 2001 [gol de Ricardinho]", afirmou o volante. (RODRIGO BUENO E TONI ASSIS)

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