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sem revolução
Clubes derrotam CBF, mas negociarão com ela
Clube dos 13 reelege Fábio Koff contra Kléber Leite, apoiado por confederação
Grupo vencedor defende
mudanças no calendário e
em campeonatos, porém,
sem ter poder legal, tentará
falar com Ricardo Teixeira
Zanone Fraissat/Folha Imagem
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Fábio Koff, reeleito para mais um mandato no comando do C13, ontem, na sede da entidade
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
EDUARDO OHATA
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A maioria dos grandes times
brasileiros derrotou a CBF em
disputa pela presidência do
Clube dos 13. Foi reeleito Fábio
Koff contra o opositor Kléber
Leite, apoiado pela confederação. O placar, 12 a 8, mostrou a
divisão entre os cartolas.
O candidato vencedor triunfou com promessa de mudanças no futebol nacional, como
alterações no calendário e uma
possível formação de uma liga
para organizar o Brasileiro.
Mas esses planos esbarram
na confederação, que tem, pela
lei e por regulamentos do esporte, o poder sobre os principais campeonatos do país. Por
isso, o discurso do gremista
Koff e aliados propõe mudanças, mas não ruptura com a entidade. Ao contrário, eles querem se aproximar da CBF.
A confederação não deu sinais se aceitará conversar.
Questionado por sua assessoria, o presidente da confederação, Ricardo Teixeira, limitou-
-se a dizer: "Parabéns [a Koff] e
que cumpra as promessas".
Para ter poder de fogo, o C13
vai tentar englobar os integrantes da Série B, a segunda divisão
do Brasileiro. A intenção é oferecer ajuda para reformar o
contrato de TV da Segundona,
em poder da CBF, e fazer uma
mudança estatutária para incorporá-los. Isso aumentaria
de 20 para 40 seus membros.
"Daí para a liga não é difícil.
Há os obstáculos que a CBF coloca. Mas não podemos ter relação de subordinação à entidade. Respeito à hierarquia, sim",
argumentou Koff.
Apesar de falar em liga, o dirigente reconheceu que a lei dá à
confederação a prerrogativa de
estabelecer o calendário do futebol. Campeonatos de uma liga, portanto, ficam sem espaço
sem o aval da confederação.
"Depois de hoje [ontem], os
clubes saíram dessa eleição independentes. Não vejo por que
não haver aproximação com a
CBF", disse o presidente do
Atlético-MG, Alexandre Kalhil.
A tentativa de negociar com a
confederação não se dará por
meio de Koff. Após a eleição, dirigentes já articulavam um grupo para conversar com a CBF.
Cartolas dos clubes que defenderam a candidatura de Leite devem servir como intermediários, pois também querem
maior participação deles nas
decisões sobre o futebol.
"Espero que [Koff] cumpra o
que falou. Melhore mais a relação na Conmebol, cobre da
CBF, comece a ver uma liga",
declarou o presidente do Corinthians, Andres Sanchez.
Como opositor, Leite prometia a liga, com o aval da CBF.
"Foi bom que deu uma sacudidela", declarou o flamenguista.
Antes de ir à CBF, o C13 deve
fazer uma reunião interna, que
deve ser no Flamengo, para estabelecer uma pauta de reivindicações, até porque não há
consenso sobre os temas.
Entre os dirigentes, há discussões sobre a redução dos Estaduais, o aumento de pré-temporada e um tempo para realizar amistosos, a adaptação do
calendário nacional ao europeu
e as negociações de cotas da Copa do Brasil e da Libertadores.
"Não tenho essa opinião definida [sobre calendário]. Mas
acho que tem que ter mais participação, mais influência", defendeu a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim.
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