CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Daiane dos Santos registrou ontem na etapa da Copa do Mundo em Gent (Bélgica) sua pior nota no solo no novo código de pontuação da ginástica artística, vigente desde o início do ano passado.
Mas, mesmo somando só 13,900, a gaúcha avançou à final, em sétimo lugar, logo atrás de Daniele Hypólito (13,975). E ainda atuará na decisão das paralelas assimétricas, após se classificar em oitavo lugar, também com 13,900.
Segundo o treinador Roger Medina, que acompanha a delegação na Bélgica, três fatores influenciaram na nota de Daiane.
O primeiro diz respeito aos erros cometidos na série. "Ela teve pequenas falhas de execução em duas passagens. Isso pesou na nota", afirmou Medina.
O segundo fator refere-se ao rigor do júri, que não deu notas altas no solo -a maior foi a da romena Steliana Nistor (14,525), seguida da ucraniana Alina Kozich (14,500) e da mexicana Elsa Garcia (14,250).
A terceira influência foi as brasileiras terem sentido os 146 dias fora de torneios oficiais e estranhado o tablado. "Foi a estréia de Daiane e Daniele [que foi 17ª na trave e nona nas paralelas] no ano. Há ansiedade. E o solo daqui é novo e não tão flexível. Isso atrapalha", disse Medina.
Até então, Daiane tinha atuado só três vezes pelo novo código. Sua nota mais baixa era 15,050, obtida no Mundial de Aarhus, em outubro passado.
Hoje, na final em Gent, ao lado de Daniele, ela mudará elementos da série para tentar nota melhor.
No masculino, o destaque foi Victor Rosa, que fará duas finais hoje após ter obtido a segunda melhor nota no solo (15,150) e a sétima no cavalo com alças (14,050). Já Luiz dos Anjos avançou na barra fixa, em oitavo (14,800).

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