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Ferrari diz que deixa F-1 se teto não acabar
Time ameaça não correr Mundial de
2010 se FIA não mudar regulamento
Prazo para escuderias se
inscreverem termina dia 29,
mas Mosley e associação de
equipes devem se reunir
antes do GP de Monaco
DA REPORTAGEM LOCAL
Única equipe na F-1 desde
1950, a Ferrari ameaça deixar o
Mundial da categoria caso a Federação Internacional de Automobilismo não recue da decisão de fixar teto de gastos de 40
milhões de libras esterlinas
(cerca de R$ 129 milhões) aos
times a partir do ano que vem.
O orçamento estimado da
Ferrari para 2009 superaria
250 milhões (R$ 705 milhões).
""Se o regulamente definido
para 2010 não for alterado, a
Ferrari não disputará a próxima temporada", informou comunicado oficial da escuderia
italiana, 16 vezes campeã do
Mundial de Pilotos e 15 vezes
do Mundial de Construtores.
A decisão da Ferrari aconteceu na manhã de ontem em
reunião em Maranello, sob o
comando de Luca di Montezemolo, presidente da marca.
O prazo para os times se inscreverem para a temporada de
2010 acaba no próximo dia 29.
No fim de semana, a Toyota
já havia se pronunciado em termos similares. Também indicou que abandonará a F-1 caso
o teto permaneça para 2010.
Ao finalizar sua nota, a Ferrari salienta que, ""se os princípios fundamentais não forem
respeitados, a Ferrari não tem
a intenção de se inscrever."
Segundo a FIA, ela não tem
nada a acrescentar à carta enviada à Ferrari, sétima no
Mundial de Construtores, na
qual o seu presidente, Max
Mosley, rejeitou mudanças.
""Seria muito triste perder a
Ferrari, mas a modalidade pode sobreviver sem ela", disparou recentemente o dirigente.
Mas o chefe comercial da
F-1, Bernie Ecclestone, deixou
claro que não pretende ver esse
cenário se materializar. ""F-1 é
Ferrari, e Ferrari é F-1. Trata-se de um casamento celestial."
Mosley tem reunião marcada com representantes da Fota,
a associação das equipes da F-1,
antes do GP de Mônaco. O presidente da Fota é Montezemolo, que tem o apoio das demais
equipes na questão do teto.
Segundo a reportagem apurou, os times se irritaram pelo
fato de a última alteração no
regulamento, que aumentou o
teto de 30 milhões de libras para 40 milhões, ter sido realizada na reunião do Conselho
Mundial em que a McLaren teve de se explicar pela mentira
do britânico Lewis Hamilton,
atual campeão da F-1, em abril.
Como a situação envolvia outra escuderia, a Ferrari -representante oficial das equipes
no conselho- avisou que não
iria e não teve objeção da FIA.
Desse modo, os times não tiveram representação na reunião.
Com agências internacionais
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