São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2010

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Para Henry, "gol de mão" afetou mais sua família

Atacante da França afirma que lance polêmico contra a Irlanda "é história"

Jogador do Barcelona declara que é especial vencer o Brasil e já põe Messi, com quem atua, na lista de melhores da história

DO ENVIADO A VALENCIA

Para o atacante francês Thierry Henry, 32, foi sua família quem mais sofreu com o gol que classificou a França para a Copa da África do Sul, após ele tocar escandalosamente a bola com mão contra a Irlanda. Graças a esse lance, os franceses empataram o segundo jogo do mata-mata em 1 a 1 e conseguiram a vaga no Mundial -no jogo de ida, haviam batido a Irlanda por 1 a 0, em Dublin. Em entrevista à Folha, em evento em Valencia, disse que o assunto já é história, mas comentou como se sentiu nos dias seguintes após o jogo que eliminou os irlandeses. E reconheceu que enfrentar o Brasil, a quem já bateu com a França duas vezes em Copas, tem sim sabor especial. (PAULO COBOS)

 

FOLHA - Você se vê ganhando do Brasil uma terceira vez?
HENRY
- Não sei por que a França tem esse retrospecto contra o Brasil. Mas, primeiro, temos que passar pela primeira fase, assim como o Brasil, que está no grupo da morte.

FOLHA - É especial bater o Brasil?
HENRY
- São as pessoas que fazem isso ser especial, os torcedores, a imprensa. Quando um time ganha do Brasil, é especial. Os brasileiros são sempre favoritos, nunca chegam a um lugar sem essa condição. A camisa deles têm cinco estrelas. E eles querem seis, sete. A nossa tem só uma, e sabemos como foi difícil ganhar essa uma.

FOLHA - Seu gol contra o Brasil em 2006 foi uma falha da defesa brasileira ou mérito dos franceses?
HENRY
- Não sei. Para nós, foi um gol após um grande passe de Zidane e uma boa conclusão minha. Escutei o que aconteceu no Brasil [a teoria de que Roberto Carlos estava ajeitando a meia]. Mas nosso papel era ganhar o jogo, e conseguimos.

FOLHA - Você jogou com Zidane, acompanhou Ronaldo e agora está com Messi. Como o argentino irá aparecer na lista dos melhores?
HENRY
- Quando alguém coloca seu nome ao lado de Zidane, Maradona, Ronaldo, é porque ele já está fazendo coisas incríveis, que vai estar na história do futebol para sempre.

FOLHA - Você diz que o gol contra a Irlanda já é passado e que não se arrepende dele. Mas como foram os dias seguintes àquele gol?
HENRY
- Já disse um monte de vezes que, depois disso, minha família sofreu mais do que eu. Mas acabou. Você sabe como é o futebol. Isso é história.


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