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Nanicas são ameaça ao grid no GP de Mônaco
Equipes grandes têm receio de que as pequenas atrapalhem na classificação
Em circuito curto como o de Montecarlo, grande número de carros na pista pode fazer com que mais lentos fiquem no caminho de mais rápidos
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MÔNACO
O treino de classificação do
GP de Mônaco acontecerá somente no sábado. Mas ontem,
no primeiro dia de atividades
para a sexta etapa do Mundial
de F-1, o assunto no paddock
era um só: a loteria que será a
definição do grid de largada.
A preocupação não é com a
chuva, mas com o ritmo muito
inferior das equipes nanicas, o
que certamente causará reclamações dos que lutam pelas
primeiras colocações.
Preocupados, os pilotos propuseram uma divisão entre os
times, especialmente para o Q1
-a primeira parte do treino-,
quando os 24 carros vão à pista.
O problema é que, para haver
uma alteração no formato da
qualificação, todas as 12 equipes devem estar de acordo. E
não houve um consenso.
"Alguns chefes de times preferiram tentar tirar proveito do
caos que vai ser, e por isso a
ideia não foi para a frente", falou o alemão Michael Schumacher, piloto da Mercedes.
Schumacher calculou que, se
todos os pilotos forem à pista
ao mesmo tempo, cada um terá
cerca de 200 m -o traçado de
Mônaco é o mais curto do calendário, com 3.340 m.
Mais correto, Fernando
Alonso previu 140 m disponíveis para cada competidor, caso
todos estejam na pista. Para ele,
a classificação será um desafio.
"Obviamente que, com carros andando cerca de cinco ou
seis segundos mais lentos, vai
ser impossível conseguir uma
volta limpa", declarou o espanhol, que é companheiro de Felipe Massa na Ferrari.
Piloto mais experiente do
grid, Rubens Barrichello, da
Williams, acha que o fundamental será contar com a sorte.
"Não adianta ficar pensando
muito na hora certa para sair
dos boxes, porque aí é que vai
dar errado", disse o brasileiro.
"Claro que as equipes vão colocar alguém na entrada e na
saída dos boxes para saber a hora exata de sair para marcar
tempo. Mas acho que a tática
das grandes vai ser ficar bastante tempo na pista para tentar
encontrar um espaço para fazer
a volta rápida", completou.
Os pilotos dos times nanicos
se defendem, dizendo que também para eles será complicado
encarar a classificação.
"Na Espanha, já foi bem difícil ver que vinha algum carro
mais rápido atrás, imagino como vai ser neste circuito", falou
Timo Glock, da Virgin.
"Por sorte, nossa equipe está
fazendo um bom trabalho ao
avisar das bandeiras azuis
[quando o retardatário tem de
ceder passagem]", completou.
NA TV - Treino do GP de Mônaco
Sportv, ao vivo, às 9h
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