São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2007

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ponto fraco

Grêmio busca 3º título no limite

Equipe gaúcha tenta evitar hoje na Bombonera, diante do Boca, seu sexto tropeço na Libertadores

Time de Mano Menezes, visitante frágil neste ano, pode se tornar o campeão do torneio continental com mais derrotas e pior saldo


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Grêmio, com terrível aproveitamento como visitante na Libertadores, encara o Boca Juniors na Bombonera, lugar em que o time argentino raramente perde, com boa chance de terminar o mata-mata final como o campeão continental com o maior número de derrotas na história do torneio.
A equipe gaúcha, que faz hoje o jogo de ida da decisão em Buenos Aires, às 21h45, tentará evitar sua sexta derrota na edição deste ano da Libertadores. Fora de casa, o time fez seis jogos: perdeu cinco e venceu apenas um. Só o Cerro Porteño, dentre os rivais na bem-sucedida campanha gremista, não bateu a equipe de Mano Menezes.
Caso perca hoje, o Grêmio poderá reverter a situação no Olímpico, algo que fez contra São Paulo e Defensor, e se tornar tricampeão continental com o mesmo número de derrotas do Cruzeiro de 1997. Proporcionalmente, igualaria em termos de derrotas aquele Cruzeiro de Paulo Autuori e o Independiente de 1975, times campeões com 42,8% de derrotas.
""Nosso time não é o mais técnico, é o mais competitivo", diz o meia Tcheco, que representa a campanha de superação gremista -atuou em jogos decisivos no sacrifício.
O Cruzeiro de 1997 foi campeão com um saldo positivo de dois gols após 14 partidas. O Grêmio hoje tem saldo positivo de um gol. E pode ser campeão com esse mesmo saldo minimamente favorável. Bastaria perder por 1 a 0 hoje e devolver o placar em Porto Alegre, ganhando depois nos pênaltis.
O ataque do Grêmio não impressiona. Foram 11 gols em 12 jogos, média inferior a um gol por partida. O Cruzeiro-97 chegou à decisão contra o Sporting Cristal com 14 gols em 12 jogos.
O Grêmio pega uma das maiores potências continentais na final. O Boca, que busca o hexa na Libertadores (só perde em taças para o Independiente, hepta), acumula cinco vitórias e um empate como mandante neste ano. O único gol que levou em casa na campanha foi no 1 a 1 com o Libertad, quando foi prejudicado pelo árbitro.
Na campanha do Boca em casa estão uma goleada de 7 a 0 e três vitórias por 3 a 0, uma delas na semifinal ante o Cúcuta.
Pelo regulamento da Libertadores, o Boca ainda fica mais à vontade para ser vazado hoje. Na final, o gol como visitante não é critério de desempate.


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