São Paulo, sábado, 13 de junho de 2009

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Brasil se curva a legião italiana

Após retorno de campeões olímpicos, apostas de Bernardinho brilham na Itália e chegam à seleção

Equipe nacional, que passa por renovação, estreia hoje na Liga Mundial, contra a Polônia, em seu primeiro grande teste na temporada


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Consagrados, com a conta bancária cheia e saudosos do Brasil, campeões olímpicos iniciaram no ano passado processo de repatriamento. Estrelas em seus times, deixaram para trás alguns vazios, principalmente no Campeonato Italiano, o mais forte do mundo.
Encerrada a temporada, esses espaços já estão ocupados e, novamente, por brasileiros.
Foram eles, inclusive, alguns dos principais destaques da competição, e esse sucesso já aparece na seleção brasileira.
Hoje, quando o time estrear na Liga Mundial, contra a Polônia, um terço da equipe deve ser de destaques do Italiano. O jogo acontece às 10h, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
"Aquela geração abriu o mercado para os brasileiros. Mas, com o tempo, o sacrifício de ficar longe de casa começa a pesar. Eles voltaram e abriram espaço para novos talentos que chegam lá e não deixam a desejar. Quando você pensa que acabou [o domínio brasileiro], chega gente mais forte, mais alta", afirma o oposto Leandro Vissoto, 26 anos e 2,12 m.
Um dos destaques do Italiano, ele disputa vaga com Rivaldo, 29, maior pontuador do torneio. Engrossam a lista de "estrangeiros" o central Sidão, 26, que deve ser titular hoje, e o ponta João Paulo Bravo, 30.
O levantador Raphael, 29, não está em São Paulo, mas deve jogar em Brasília, na segunda fase da Liga Mundial.
"Apesar de a antiga geração não ter dado espaço para renovações intensas, estávamos sempre observando novos jogadores no Brasil e lá fora. Nesta temporada, muitos se destacaram", afirma Bernardinho.
Os atletas são unânimes ao dizer que competir no exterior dá mais maturidade e nível de jogo. Na Itália, por exemplo, há um número maior de times competitivos do que na Superliga, o Brasileiro de vôlei.
Mas, para Bernardinho, não vale a pena deixar o país sem antes ter bagagem ou para ser reserva de um time no exterior.
"Certamente não é o treinamento que vai te trazer para a seleção", afirma o técnico.
João Paulo Bravo não pensava mais em vestir a camisa verde e amarela quanto traçou suas metas na Itália. Mesmo assim, seguiu à risca as orientações de Bernardinho.
Após passar um ano no banco, trocou um time badalado por outro mediano. Logo virou titular, mostrou serviço e conseguiu contratos mais polpudos em equipes de elite. Neste ano, ele conquistou o título do Italiano com o Piacenza e foi um dos mais importantes jogadores da competição.
"Ficar sem jogar não era interessante, eu não podia mostrar o que sei", afirma ele. "Os brasileiros que ficaram [na Itália] conseguiram manter o nível."


NA TV - Brasil x Polônia
Globo, ao vivo, às 10h



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