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Brasil se curva a legião italiana
Após retorno de campeões olímpicos, apostas de Bernardinho brilham na Itália e chegam à seleção
Equipe nacional, que passa por renovação, estreia hoje na Liga Mundial, contra a Polônia, em seu primeiro grande teste na temporada
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Consagrados, com a conta
bancária cheia e saudosos do
Brasil, campeões olímpicos iniciaram no ano passado processo de repatriamento. Estrelas
em seus times, deixaram para
trás alguns vazios, principalmente no Campeonato Italiano, o mais forte do mundo.
Encerrada a temporada, esses espaços já estão ocupados e,
novamente, por brasileiros.
Foram eles, inclusive, alguns
dos principais destaques da
competição, e esse sucesso já
aparece na seleção brasileira.
Hoje, quando o time estrear
na Liga Mundial, contra a Polônia, um terço da equipe deve
ser de destaques do Italiano. O
jogo acontece às 10h, no ginásio
do Ibirapuera, em São Paulo.
"Aquela geração abriu o mercado para os brasileiros. Mas,
com o tempo, o sacrifício de ficar longe de casa começa a pesar. Eles voltaram e abriram espaço para novos talentos que
chegam lá e não deixam a desejar. Quando você pensa que
acabou [o domínio brasileiro],
chega gente mais forte, mais alta", afirma o oposto Leandro
Vissoto, 26 anos e 2,12 m.
Um dos destaques do Italiano, ele disputa vaga com Rivaldo, 29, maior pontuador do torneio. Engrossam a lista de "estrangeiros" o central Sidão, 26,
que deve ser titular hoje, e o
ponta João Paulo Bravo, 30.
O levantador Raphael, 29,
não está em São Paulo, mas deve jogar em Brasília, na segunda fase da Liga Mundial.
"Apesar de a antiga geração
não ter dado espaço para renovações intensas, estávamos
sempre observando novos jogadores no Brasil e lá fora. Nesta temporada, muitos se destacaram", afirma Bernardinho.
Os atletas são unânimes ao
dizer que competir no exterior
dá mais maturidade e nível de
jogo. Na Itália, por exemplo, há
um número maior de times
competitivos do que na Superliga, o Brasileiro de vôlei.
Mas, para Bernardinho, não
vale a pena deixar o país sem
antes ter bagagem ou para ser
reserva de um time no exterior.
"Certamente não é o treinamento que vai te trazer para a
seleção", afirma o técnico.
João Paulo Bravo não pensava mais em vestir a camisa verde e amarela quanto traçou
suas metas na Itália. Mesmo assim, seguiu à risca as orientações de Bernardinho.
Após passar um ano no banco, trocou um time badalado
por outro mediano. Logo virou
titular, mostrou serviço e conseguiu contratos mais polpudos em equipes de elite. Neste
ano, ele conquistou o título do
Italiano com o Piacenza e foi
um dos mais importantes jogadores da competição.
"Ficar sem jogar não era interessante, eu não podia mostrar
o que sei", afirma ele. "Os brasileiros que ficaram [na Itália]
conseguiram manter o nível."
NA TV - Brasil x Polônia
Globo, ao vivo, às 10h
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