São Paulo, sábado, 13 de junho de 2009 |
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MOTOR Tenebrosas transações
FÁBIO SEIXAS EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE QUANDO O mundo esperava uma lista de inscrições para a próxima temporada da F-1 com apenas cinco equipes, Mosley fez valer novamente uma de suas faces mais célebres. Foi maquiavélico. Soltou uma relação com 13 times. Os dez deste Mundial -oito deles agrupados na rebelde Fota- e três novatos: Manor, US F1 e Campos. À primeira vista, um passo atrás do presidente da FIA. Após tanto bater o pé pelo teto de 47 milhões e tanto ameaçar Ferrari, McLaren, Renault e companhia, ele cedeu de repente? Recuou e, ao inscrever as rebeldes, mostrou disposição de assumir o teto de 100 milhões? Não. E não poderia haver impressão mais errada sobre o gesto. À exceção do anúncio das três novatas, a lista de Mosley não passa de fantasia. É uma peça de cinismo porque, por trás da bandeira branca, há um pavio aceso levando a uma bomba colocada por ele no núcleo da associação das equipes. Ao misturar num mesmo saco aliadas, rebeldes e novatas, Mosley busca criar um ruído, um estranhamento. Mas tem muito mais. Ao dividir as equipes da Fota entre aquelas com asterisco (BMW, McLaren, Renault, Toyota e Brawn) e as sem asterisco (Ferrari, Toro Rosso e Red Bull), joga no ar uma enorme suspeita: estariam as três últimas traindo a associação, já mancomunadas com a FIA? A desconfiança tem razão histórica. Não seria a primeira vez que a Ferrari dá as costas para "aliadas" e acerta com o establishment. A última, em 2005, quando assinou com a FOM, implodindo a resistência da GPWC. Até então, o grupo das montadoras ameaçava criar uma nova categoria, pleiteando fatias maiores do bolo da F-1 -semelhanças não são coincidência. Na Europa, já há quem acredite que, conseguindo o racha, o próximo passo de Mosley será se livrar de uma ou duas montadoras até o dia 19. Por isso, o comunicado da Lola, ontem, dizendo ainda ter esperanças de correr em 2010. A ver. Mas lembre-se de que Mosley geralmente consegue o que quer. DIA DE SHOW Entre os sete primeiros colocados no grid de Le Mans, apenas Audi e Peugeot. A marca da casa sai na frente, mas já admite que a vantagem que tinha para o R10 no passado sumiu com o lançamento do R15 pelos alemães. Pela primeira vez, trechos da prova serão mostrados ao vivo para o Brasil, no Speed Channel. Largada e chegada inclusive, ambas às 10h (de Brasília). DERRAPADA "Em Silverstone, não quero só vencer. Quero um hat-trick. Quero tudo. Quero melhor volta, quero pole position", disse Barrichello, após o GP da Turquia. E depois ele não entende de onde vêm as cobranças... fabio.seixas@grupofolha.com.br Texto Anterior: Olimpíada: Atletas querem mais voz em assembleia Próximo Texto: Basquete: Orlando perde e agora precisa de virada histórica Índice |
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