São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Goleiros protagonizam empate

Inglês Green leva frango histórico e norte-americano Howard, "o homem do jogo", fecha o gol

Inglaterra 1
Gerrard, aos 4min do 1º tempo
Estados Unidos 1
Dempsey, aos 40min do 1º tempo

FABIO ZANINI
JOSÉ GERALDO COUTO

ENVIADOS ESPECIAIS A RUSTENBURGO

Um frango espetacular do goleiro Green tirou da Inglaterra a chance de estrear com vitória na Copa do Mundo ontem, em Rustenburgo.
Ao se atrapalhar com uma bola fraca chutada por Dempsey aos 40min do primeiro tempo e ceder o empate aos norte-americanos, Green solapou o que prometia ser uma vitória tranquila de seu time, iniciada com um gol de Gerrard logo aos 4min.
Não foi um resultado tão surpreendente quanto a derrota por 1 a 0 para os EUA na Copa de 1950, mas deixou a torcida inglesa frustrada, já que o English Team dominou a maior parte do jogo.
Para completar a desgraça de Green, o goleiro adversário, Tim Howard, fez grandes defesas e foi eleito pela Fifa "o homem do jogo".
Após a partida, Howard se declarou feliz com a distinção, mas lamentou a sorte do arqueiro adversário: "Ninguém gosta de ver isso acontecer com um colega, menos ainda da mesma posição".

SACADO DE ÚLTIMA HORA
A escalação de Green, camisa 12, surpreendeu muita gente. O goleiro do West Ham tinha só 11 atuações pela seleção, contra 49 do dono da camisa 1, David James.
O ex-titular disse que só soube que ficaria no banco cinco minutos antes de entrar no ônibus para o estádio.
A Inglaterra criou mais chances de gol, tendo finalizado 18 vezes, contra 13 do adversário. Teve mais posse de bola (53% contra 47%), mas não conseguiu recuperar a vantagem no placar.
Antes do jogo, o técnico norte-americano, Bob Bradley, afirmou que a chave para ter alguma chance na partida era "parar Rooney".
De fato, seus jogadores estavam tão preocupados com o astro do Manchester United que deixaram o meia Gerrard aparecer livre na área para receber um passe de Heskey, chutar na saída do goleiro e inaugurar o placar.
Se não conseguiu marcar, Rooney preocupou bastante a defesa dos EUA, levantando a torcida toda vez que tentava um lance de ataque.
Os torcedores ingleses, mais habituados às competições futebolísticas internacionais, eram muito mais ruidosos e participativos que os norte-americanos.
Os britânicos chegaram a cantar o hino de seu país, "God Save the Queen", a poucos minutos do final.
Mas alguns torcedores ingleses, impacientes, vaiaram a equipe no segundo tempo. Já os norte-americanos pareciam contentes com o resultado final no Real Bakokeng.


Texto Anterior: Juca Kfouri: Que metro mede Messi?
Próximo Texto: Jogadores cobram mais rigidez de Simon
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.