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Goleiros protagonizam empate
Inglês Green leva frango histórico e norte-americano Howard, "o homem do jogo", fecha o gol
Inglaterra 1
Gerrard, aos 4min do 1º tempo
Estados Unidos 1
Dempsey, aos 40min do 1º tempo
FABIO ZANINI
JOSÉ GERALDO COUTO
ENVIADOS ESPECIAIS A RUSTENBURGO
Um frango espetacular do
goleiro Green tirou da Inglaterra a chance de estrear com
vitória na Copa do Mundo
ontem, em Rustenburgo.
Ao se atrapalhar com uma
bola fraca chutada por
Dempsey aos 40min do primeiro tempo e ceder o empate aos norte-americanos,
Green solapou o que prometia ser uma vitória tranquila
de seu time, iniciada com um
gol de Gerrard logo aos 4min.
Não foi um resultado tão
surpreendente quanto a derrota por 1 a 0 para os EUA na
Copa de 1950, mas deixou a
torcida inglesa frustrada, já
que o English Team dominou
a maior parte do jogo.
Para completar a desgraça
de Green, o goleiro adversário, Tim Howard, fez grandes
defesas e foi eleito pela Fifa
"o homem do jogo".
Após a partida, Howard se
declarou feliz com a distinção, mas lamentou a sorte do
arqueiro adversário: "Ninguém gosta de ver isso acontecer com um colega, menos
ainda da mesma posição".
SACADO DE ÚLTIMA HORA
A escalação de Green, camisa 12, surpreendeu muita
gente. O goleiro do West Ham
tinha só 11 atuações pela seleção, contra 49 do dono da
camisa 1, David James.
O ex-titular disse que só
soube que ficaria no banco
cinco minutos antes de entrar no ônibus para o estádio.
A Inglaterra criou mais
chances de gol, tendo finalizado 18 vezes, contra 13 do
adversário. Teve mais posse
de bola (53% contra 47%),
mas não conseguiu recuperar a vantagem no placar.
Antes do jogo, o técnico
norte-americano, Bob Bradley, afirmou que a chave para ter alguma chance na partida era "parar Rooney".
De fato, seus jogadores estavam tão preocupados com
o astro do Manchester United
que deixaram o meia Gerrard
aparecer livre na área para
receber um passe de Heskey,
chutar na saída do goleiro e
inaugurar o placar.
Se não conseguiu marcar,
Rooney preocupou bastante
a defesa dos EUA, levantando a torcida toda vez que tentava um lance de ataque.
Os torcedores ingleses,
mais habituados às competições futebolísticas internacionais, eram muito mais ruidosos e participativos que os
norte-americanos.
Os britânicos chegaram a
cantar o hino de seu país,
"God Save the Queen", a
poucos minutos do final.
Mas alguns torcedores ingleses, impacientes, vaiaram
a equipe no segundo tempo.
Já os norte-americanos pareciam contentes com o resultado final no Real Bakokeng.
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