São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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"Secador de cabelo" é usado contra Al Qaeda

DOS ENVIADOS A RUSTENBURGO

Um aparelho que lembra um secador de cabelo foi a arma usada por cerca de 30 policiais para evitar que se cumprisse a ameaça feita por um suposto membro da Al Qaeda, de um ataque terrorista ao estádio Royal Bafokeng.
Andando de um lado para o outro na arena, tentavam identificar sinais de radioatividade que poderiam pertencer a um artefato nuclear.
Em compensação, a segurança não foi suficiente para impedir o trabalho dos cambistas. A cinco metros de policiais imóveis, um homem que se identificou como Vinash gritava "ingressos, ingressos" para quem se aproximasse do portão principal.
Pedia 1.500 rands (R$ 354) por um ingresso da categoria mais cara, cujo preço normal é de 1.120 (R$ 264). "Quero lucro justo", disse ele, que também tinha ingressos para as outras partidas da Argentina.
O esquema de segurança foi reforçado para o jogo, mas a polícia não deu detalhes. "Aumentamos a quantidade de policiais e colocamos mais equipamentos à disposição", disse Vishu Naidoo, porta-voz da polícia.
Antes do jogo, o FBI (polícia federal dos Estados Unidos) fez uma varredura no estádio. Do lado de fora, 12 policiais britânicos observavam o movimento. A situação era tão calma que eles passaram grande parte do tempo posando para fotos.
Antes de entrar, a torcida era submetida a revista e detector de metais, o que atrasava a fila. "Em nome de nossa segurança, vale a pena", afirmou Tshepo Mauoane.
Na multidão, era possível identificar vários representantes da comunidade indiana de Rustenburgo, que poderiam se enquadrar no estereótipo de possíveis terroristas. Mas eram só elogios à organização. "Fui tratado de maneira muito amável", disse Mohammed Said. (FZ E JGC)

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