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Derrota provoca júbilo da direita radical francesa
DA REPORTAGEM LOCAL
A derrota da França na Copa
do Mundo -simbolizada pela
agressão de Zidane ao italiano
Materazzi- provocou o júbilo
da direita radical do país.
De Jean-Marie Le Pen, presidente do xenófobo partido
Frente Nacional, a líderes menos expressivos do pensamento conservador, a vibração foi
geral com o insucesso do time
de "negros e árabes" na decisão.
"Tchau, bandido" foi a manchete do semanário de direita
"Minute", acompanhada de
uma foto da cabeçada de Zidane no defensor italiano.
No meio do Mundial, Le Pen
se envolveu numa polêmica ao
dizer que "havia negros demais" no time do técnico Raymond Domenech, que partiu
em defesa dos jogadores.
Talvez em resposta aos detratores, Zidane anunciou ontem uma volta às origens. Ele
disse que pretende viajar à Argélia, terra de seus pais, e jogar
com os imigrantes no porto de
Marselha, onde viveu e ajudou
a fundar uma equipe amadora.
"Meu gesto [a agressão] é
chocante, mas para mim isso [a
xenofobia] é pior", afirmou Zidane à rede de TV "Canal Plus".
O meia afirmou que irá vestir
a camisa do "Nouvelle Vague"
(Nova Onda), time não-profissional que ajudou a criar em La
Castellane, em Marselha.
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