DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, minimiza os atrasos nas obras para o Pan-07 e diz que as disputas políticas entre governo federal, Prefeitura do Rio e governo estadual não atrapalham o planejamento.

 

FOLHA - Há atrasos?
CARLOS ARTHUR NUZMAN - Todas as obras permanentes estão em andamento. Você oscila, numa organização dessas, com avanços e atrasos. Em média, estamos com um tempo confortável para a conclusão das obras.

FOLHA - O sr. pode citar onde já houve avanço?
NUZMAN - A Vila do Pan está 78% pronta. Os primeiros prédios serão entregues em setembro, com muita antecedência. O Parque Aquático Júlio Delamare foi entregue.

FOLHA - O que está atrasado?
NUZMAN - Não tem atraso propriamente dito. Às vezes falta a liberação de mais um recurso. Houve agora a liberação de R$ 28 milhões para o ginásio do Maracanãzinho.

FOLHA - Os atrasos atrapalham o planejamento?
NUZMAN - No planejamento de 2002, 2003, estamos exatamente onde deveríamos estar a um ano dos Jogos.

FOLHA - O ministro Orlando Silva Júnior (Esporte) disse que não dará mais dinheiro para cobrir responsabilidades da prefeitura. Cesar Maia rebateu, dizendo que ele agia como presidente da UNE. A política atrapalha o Pan-07?
NUZMAN - Os três níveis de governo têm colaborado conosco de maneira total. As questões políticas entre eles, nós não nos metemos.

FOLHA - Essas desavenças entre as esferas de poder se refletem nas obras e na cessão de verbas?
NUZMAN - Vou explicar por que não afeta. Cada um que está realizando suas obras o faz com recursos próprios. Não tem interdependência. Não temos nenhuma dependência de algum fato político. Existe interlocução no nível técnico. O comitê organizador tem um conselho executivo com representantes dos três níveis de governo. Isso separa a organização dos Jogos do debate político.


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