São Paulo, domingo, 13 de julho de 2008

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Saci faz gol salvador, e Corinthians empata

Ídolo da torcida corintiana, Marcelinho aproveita trapalhada da defesa, coloca Santo André na frente no placar e não comemora

Santo André 1
Corinthians 1


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo era de Marcelinho, um dos maiores ídolos da história do Corinthians. Mas quem deixou o estádio Bruno José Daniel aclamado como herói da torcida foi Wellington Saci.
Em uma das piores partidas da equipe alvinegra na temporada, o lateral fez um gol salvador, que evitou a primeira derrota corintiana na Série B.
O empate por 1 a 1 levou a equipe à sua 11ª partida invicta e à manutenção da folga na liderança, agora com 27 pontos.
Antes de seu chute certeiro, Marcelinho fez 1 a 0 para o Santo André, e não comemorou.
"Não tem como comemorar. Devo minha carreira, e tudo que eu sou, ao Corinthians. Mas tenho que ser ético e respeitar o Santo André", afirmou o jogador, ovacionado pelos corintianos antes e após o jogo.
Foi o segundo gol que ele marcou no seu ex-clube. Na primeira vez, em 2003, pelo Vasco, comemorou e deu até beijo no distintivo vascaíno.
O Corinthians não encontrava muita resistência do rival, que se postava defensivamente e esperava pelos contragolpes. Em velocidade, principalmente com Elias, Lulinha e Dentinho, o time alvinegro chegava à área, mas errava na hora de finalizar.
A pressão corintiana começava na saída de bola do Santo André. O time do técnico Mano Menezes encontrava muitos espaços para armar suas jogadas ofensivas. Mas, como tinha dificuldade em concluir, reclamava com o árbitro. Pediu pênaltis em ao menos cinco lances, nenhum deles marcados por Guilherme Cereta de Lima.
Tudo indicava mais uma vitória corintiana até que Marcelinho apareceu. Depois de uma trapalhada entre o goleiro Felipe e o zagueiro Chicão, o velho ídolo corintiano, com um leve toque de cabeça, pôs o Santo André na frente, aos 26min.
O Corinthians continuou sua pressão, e perdeu mais algumas chances. Marcelinho, com toques precisos, assustava o rival. A defesa alvinegra continuava estabanada, e o ataque, afoito para definir rápido. Mano decidiu aumentar o poder ofensivo do time. Pôs Lima no lugar do volante Eduardo Ramos.
A mudança não funcionou. Para piorar, Dentinho, após entrada em Cicinho, levou o segundo amarelo e foi expulso.
A equipe continuou desorganizada taticamente. Mano mudou de novo. Pôs o lateral Wellington Saci no lugar de Lulinha, que saiu vaiado.
Nessa, o treinador acertou. Aos 32min, ele acertou chute de fora da área e empatou.
No final, Herrera ainda foi derrubado na área, mas o juiz ignorou o lance.


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