DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar dos elogios às atuações de suas comandadas na fase final do GP, Zé Roberto tentou conter a euforia após ver a equipe praticamente pôr as mãos na taça, ontem.
"Não me iludo com este título. O grupo precisa continuar assim, mantendo o foco, um alto nível de concentração também nos Jogos de Pequim. Este é nosso pensamento e a nossa meta", disse.
O treinador, porém, cumpriu a promessa que havia feita às jogadoras caso a equipe conquistasse o título e cortou o cabelo bem curto.
Uma das preocupações de Zé Roberto é que algumas seleções, como a da Itália, tiveram desfalques no torneio e devem crescer até Pequim -ontem o time confirmou que não terá Antonella Del Core, machucada, nos Jogos. Cuba jogou sem Rosir Calderon, que teria dado um soco numa colega em treino.
Por outro lado, o técnico elogiou a evolução brasileira, principalmente no bloqueio.
Até ontem, o Brasil tinha três jogadoras na liderança das estatísticas do Grand Prix. A veterana Walewska liderava com 1,15 ponto por set, em média. Thaisa, que saiu da reserva e se tornou titular absoluta, aparecia na seqüência, com 1,08. Mari, sexta colocada até a rodada anterior, havia saltado para a terceira colocação, com 0,69.
"Fizemos um excelente jogo contra Cuba, mas a Olimpíada é muito difícil. Ainda temos o que melhorar, principalmente o sistema defensivo", afirmou Zé Roberto.
No ataque, a equipe mostrou evolução grande. Um dos destaques foi Mari. Das quatro partidas da fase final do Grand Prix, ela foi a maior pontuadora em três. A jogadora havia sido cortada por Zé Roberto após o Pan.
"A Mari evoluiu muito. Ela tem sido importante e decisiva, colaborando muito com a equipe", elogiou ele.
Após o fim do Grand Prix, a seleção terá pouco mais de uma semana no Brasil antes de embarcar para o Japão, onde faz a preparação final para os Jogos Olímpicos.


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