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Fla utiliza Bruno como antiexemplo
Presidente pede aos atletas cuidado com comporta mento fora do campo
CIRILO JUNIOR
DO RIO
Preocupada em melhorar
a imagem do clube, arranhada com a prisão do goleiro
Bruno, a presidente do Flamengo, Patricia Amorim,
pediu aos jogadores maior
cuidado com o comportamento fora de campo.
Ela falou ao elenco por cerca de 15 minutos antes do início do treinamento de ontem.
Amorim disse que o caso Bruno deve servir como lição.
Pelo menos no discurso,
os jogadores demonstraram
ter assimilado o recado da dirigente rubro-negra, que pediu ainda empenho na retomada do Brasileiro-2010.
O Flamengo reestreia amanhã na competição, contra o
Botafogo, no Maracanã. O
atual campeão brasileiro
ocupa a nona colocação.
"Ela pediu que a gente tenha atenção com nossa conduta fora do campo. Isso é o
principal, sem dúvidas. Somos profissionais, estamos
expostos à mídia. Temos essa
responsabilidade, somos
exemplo", declarou o volante Correa, recém-chegado.
Ele admitiu que a prisão de
Bruno mexe com o elenco.
Para o goleiro Marcelo
Lomba, 23, substituto de Bruno, a prisão do ex-capitão do
time vai fazer com que os jogadores repensem as atitudes nos momentos de folga.
Lomba foi acusado, no ano
passado, de agredir uma ex-namorada. Ele garantiu que
vem buscando se apegar à
família e à religião para não
se envolver em confusões
fora das quatro linhas.
"Não adianta ser bom só
dentro de campo. Nossa imagem vale muito, envolve dinheiro e contratos. Aprendi
que temos muitas responsabilidades", disse o goleiro.
Por enquanto, a camisa
número 1 fica vaga. Lomba
continua com a 29, mas disse
que vai agarrar a oportunidade "com unhas e dentes".
Ele lamentou a prisão de
Bruno, de quem se disse amigo. Frisou, no entanto, que
sua história e a do Flamengo
continuam, e garantiu estar
preparado psicologicamente
para assumir a vaga.
O bom comportamento fora de campo será uma das
principais exigências daqui
para a frente. Antes do caso
Bruno, Zico, o principal jogador da história do clube, havia sido contratado para gerenciar o futebol, pregando a
disciplina como um dos pilares de seu trabalho.
Nos últimos meses, Adriano e Vágner Love, que deixaram o clube recentemente, tiveram que explicar à polícia
suas presenças com traficantes, em favelas do Rio.
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