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Fifa fatia Copa entre anunciantes e leva R$ 6 bi
Entidade fatura com detalhes do torneio
EDUARDO ARRUDA
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO
Nunca uma Copa foi tão
mercantilizada como a de
2010. Cada aspecto da organização trouxe a tiracolo um
parceiro da Fifa. Com essa estratégia, a entidade embolsou R$ 6 bilhões, um recorde.
A estratégia provocou ontem um protesto. Três ex-diretores da revista "France
Football", que durante 50
anos concedeu o troféu Bola
de Ouro ao melhor atleta da
Europa, divulgaram uma nota em que consideraram um
erro a venda da marca à Fifa.
A política da entidade deixou até os novos campeões
mundiais em segundo plano.
Na cerimônia de premiação,
foi impossível ouvir a reação
do público porque a entidade
teve de cumprir compromissos com patrocinadores e tocar, em volume ensurdecedor, músicas "compradas".
Até na apresentação da taça foi feita uma ação de marketing. O italiano Cannavaro
levou o troféu ao gramado
em uma mala Louis Vutton.
No Mundial, o prêmio do
melhor jogador das partidas
foi associado a uma marca de
cerveja e batizado de Budweiser Man of de Match.
Já o McDonald's faturou
em cima das crianças que entravam em campo com os
atletas. Também patrocinou
os shows no intervalo, de meninas dançando com minissaias, mesmo com frio às vezes próximo de 0 C.
"[No futebol], existe, evidentemente, uma dimensão
econômica importante. É por
isso que valorizamos e premiamos os melhores do
mundo", disse o presidente
da Fifa, Joseph Blatter.
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