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Com "gringa", Brasil busca taça inédita
Lateral, que vive nos EUA desde a infância, é destaque de time sub-20
DE SÃO PAULO
Uma "americana" pode
trazer para o Brasil uma taça
que nem mesmo Marta conseguiu erguer: a do Mundial
feminino sub-20. A quinta
edição do campeonato tem
início hoje, na Alemanha.
Leah Fortune, 19, nasceu
em São Paulo, sabe muito
pouco de português, mas,
com sua habilidade no futebol, chamou a atenção de
Kleiton Lima, atual técnico
da seleção adulta, que a convenceu a defender o Brasil.
Em 2008, a lateral cativou
a torcida brasileira durante a
disputa do Sul-Americano
sub-20, em Porto Alegre.
Leah, que treinava ginástica artística na infância, desenvolveu novo método de
cobrança de lateral que começa com uma pirueta. O
movimento ajuda a jogadora
a ganhar impulso para arremessar a bola mais longe.
Foi seu pai, Hudson, ex-jogador profissional, quem a
ensinou a cobrar o lateral
desta forma inusitada.
"É uma arma e gosto de usá-la o máximo possível.
Pratico todos os dias no treinamento porque preciso
manter os músculos fortes e
também faço ginástica com
pesos e coisas semelhantes",
disse ela, ao site da Fifa.
Este será o segundo Mundial que Leah jogará vestindo
a camisa verde e amarela. Em
2008, no torneio disputado
no Chile, o Brasil acabou eliminado nas quartas de final
pela seleção da atual anfitriã
do Mundial, a Alemanha.
"Ainda não acredito no
que aconteceu", declarou
Leah, ao falar da eliminação.
"Eu realmente achei que venceríamos o torneio. Tínhamos um grupo incrível."
Esta será a última competição que Leah jogará pelo Brasil antes de completar 21
anos, idade-limite para o
atleta definir qual seleção defenderá na idade adulta.
Até hoje, ela ainda não disputou um jogo oficial contra
a seleção norte-americana,
mas é bem provável que isso
ocorra nas semifinais do
Mundial, já que Brasil e EUA
sempre são favoritos em torneios femininos de futebol.
As americanas são as atuais defensoras do título.
"Na seleção americana, há
duas meninas com quem eu
cresci. Se isso [jogar contra os
EUA] acontecer, será bem estranho", falou a atleta, que
saiu do Brasil aos dois anos.
Hoje, ela atua na equipe da
Universidade do Texas.
NA TV
Brasil x Coreia do Norte
Mundial feminino sub-20 6h30 Band
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