São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2010

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Com "gringa", Brasil busca taça inédita

Lateral, que vive nos EUA desde a infância, é destaque de time sub-20

DE SÃO PAULO

Uma "americana" pode trazer para o Brasil uma taça que nem mesmo Marta conseguiu erguer: a do Mundial feminino sub-20. A quinta edição do campeonato tem início hoje, na Alemanha.
Leah Fortune, 19, nasceu em São Paulo, sabe muito pouco de português, mas, com sua habilidade no futebol, chamou a atenção de Kleiton Lima, atual técnico da seleção adulta, que a convenceu a defender o Brasil.
Em 2008, a lateral cativou a torcida brasileira durante a disputa do Sul-Americano sub-20, em Porto Alegre.
Leah, que treinava ginástica artística na infância, desenvolveu novo método de cobrança de lateral que começa com uma pirueta. O movimento ajuda a jogadora a ganhar impulso para arremessar a bola mais longe.
Foi seu pai, Hudson, ex-jogador profissional, quem a ensinou a cobrar o lateral desta forma inusitada.
"É uma arma e gosto de usá-la o máximo possível.
Pratico todos os dias no treinamento porque preciso manter os músculos fortes e também faço ginástica com pesos e coisas semelhantes", disse ela, ao site da Fifa. Este será o segundo Mundial que Leah jogará vestindo a camisa verde e amarela. Em 2008, no torneio disputado no Chile, o Brasil acabou eliminado nas quartas de final pela seleção da atual anfitriã do Mundial, a Alemanha.
"Ainda não acredito no que aconteceu", declarou Leah, ao falar da eliminação.
"Eu realmente achei que venceríamos o torneio. Tínhamos um grupo incrível."
Esta será a última competição que Leah jogará pelo Brasil antes de completar 21 anos, idade-limite para o atleta definir qual seleção defenderá na idade adulta.
Até hoje, ela ainda não disputou um jogo oficial contra a seleção norte-americana, mas é bem provável que isso ocorra nas semifinais do Mundial, já que Brasil e EUA sempre são favoritos em torneios femininos de futebol.
As americanas são as atuais defensoras do título.
"Na seleção americana, há duas meninas com quem eu cresci. Se isso [jogar contra os EUA] acontecer, será bem estranho", falou a atleta, que saiu do Brasil aos dois anos. Hoje, ela atua na equipe da Universidade do Texas.


NA TV
Brasil x Coreia do Norte
Mundial feminino sub-20 6h30 Band




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