No muro

O discurso imparcial de Paulo César Carpegiani em relação à política corintiana ontem surpreendeu quem estava na concentração na véspera do jogo com o Grêmio. Ao saber que o vice Rubens Gomes se afastara, após ouvir que Clodomil Orsi pretendia trocar o técnico do time, Carpegiani chegou a falar que se anteciparia e sairia. Faria isso hoje, numa reunião com o presidente em exercício. Rubão pediu que não tomasse tal atitude. Orsi dissera que, por pressão da torcida, afastaria o treinador, mas não esperava a vitória.

Tiroteio. Amigos de Rubão apostam que o vice de futebol afastado não irá poupar Orsi ao falar oficialmente sobre sua situação no Corinthians.

Cartola verde. O movimento "Fora Dualib" intensificará campanha para afastar Orsi da presidência interina. Alega que ele foi ingênuo ao admitir que era palmeirense na infância. Assim, sua falta de malícia é argumento para desqualificá-lo para o cargo.

Bomba-relógio. Ronaldo soube no mesmo dia que foi criticado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Passou a madrugada ao telefone com amigos. Foi aconselhado a dar a resposta de que a seleção é do povo, e não do cartola. Mas ouviu que era bom evitar ao máximo o confronto. Segurou a frase na cabeça só por uma semana.

Gás. O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, acredita que terá patrocínio da Petrobras para o projeto de ampliar a Vila Belmiro. A idéia é vender cotas para cobrir gastos.

Quem não chora... O São Paulo seguirá com a tática de fazer barulho antes dos jogos em que achar que pode ser prejudicado pela arbitragem, como fez contra o Botafogo. A diretoria diz que é uma forma eficiente de se proteger. E que criticar depois seria choro.

Com faixa. A liderança no Brasileiro não reduziu a resistência de parte dos dirigentes do São Paulo a Muricy Ramalho. Querem pedir sua cabeça ao final do ano, mesmo se o time for campeão nacional.

No ar. Contadores a serviço de vereadores do Rio estranharam a prestação de contas da prefeitura sobre o Pan, no "Diário Oficial". Um dos motivos é o fato de o município dever dinheiro ao Co-Rio pelos direitos de transmissão de TV. São R$ 32,8 milhões.

Operação. O prefeito Cesar Maia afirma que abriu mão de receber o dinheiro da TV em favor do Co-Rio. Em troca, o comitê organizador do Pan bancou outras despesas.

Hora errada. Membros do Ministério do Esporte criticam, reservadamente, o TCU por bloquear pagamentos referentes ao Pan antes de o Parapan terminar.