São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

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Palmeiras repete "mantra" e triunfa

Equipe amplia série vitoriosa longe do Parque Antarctica e, com dois gols de Martinez, derrota o Atlético-MG de virada

Atlético-MG 1
Palmeiras 2

DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer fora o que não consegue em casa já virou o "mantra" palmeirense no Brasileiro. Ontem à tarde, a vítima do carrasco visitante foi o Atlético-MG. De virada, o time do técnico Caio Júnior foi eficiente e ainda contou com muita sorte para assegurar a sua quinta vitória longe do Parque Antarctica.
A eficiência gerou os dois gols de Martinez -que chegou a quatro no Brasileiro. A boa estrela impediu que três chutes vazassem o goleiro Diego Cavalieri. Ambos encontraram as traves da meta palmeirense.
A batalha, agora, é para que o time repita no domingo que vem -quando volta a atuar em casa, diante do Flamengo, na abertura do returno- a mesma receita de sucesso empregada longe de seus domínios.
"A gente está jogando bem fora. Mas vamos trabalhar para melhorar nossos resultados em casa", prometeu o zagueiro Dininho ao final da partida.
E o jogo que começou eletrizante. Em menos de dez minutos, o Mineirão já assistira a três gols. Só dois valeram. O primeiro, anotado por Danilinho aos 2min, foi corretamente anulado pelo auxiliar Aristeu Tavares. O atleticano estava em posição de impedimento.
Antes mesmo que o técnico Emerson Leão parasse de esbravejar contra o trio de arbitragem -coisa que o treinador fez durante todo o jogo-, o atacante Éder Luís tratou de acalmar os ânimos. Aos 5min, ele bateu com precisão no canto esquerdo de Diego: 1 a 0.
Mas nem a blitz feita pelo Atlético-MG no início surtiu efeito ante o visitante indigesto, que empatou na cobrança de falta de Martinez, aos 9min.
"Primeiro, precisamos corrigir a marcação. Depois, tentar surpreender nos contra-ataques. Nosso time deu muito espaço no primeiro tempo", diria depois o meio-campista palmeirense, no intervalo do jogo.
Leitura exata do que foi a partida em sua primeira metade. Enquanto o rival utilizava muito bem as subidas de Coelho, pela direita, e Thiago Feltri, na esquerda, os paulistas pecavam na troca de passes na frente da área mineira.
O goleiro Diego passou por apuros nos chutes cruzados que atravessaram a área palmeirense -além de ver uma falta batida por Coelho parar no travessão, aos 33min.
Chance boa, mesmo, o Palmeiras só teve aos 41min, quando Makelele recebeu passe de Wendel e bateu forte. Edson se esticou inteiro para espalmar.
Quando os times voltaram ao gramado para o início da etapa final, o clima ficou tenso.
"Até a torcida do Palmeiras deve estar cansada de tanta ajuda", ironizou Leão sobre a atuação do árbitro Marcelo de Lima Henrique. "Não pode haver essa pressão sobre a arbitragem", respondeu Caio Júnior.
Alheio às bravatas de Leão, o técnico palmeirense foi fundamental na vitória ao trocar William por Nen e reorganizar a equipe com três zagueiros.
Mais compacto, o time fez justamente o que Martinez pedira. Marcou muito bem e aproveitou um bom contra-ataque para virar, aos 12min.
A partir daí, competência e sorte decidiram o jogo a favor do Palmeiras. No primeiro caso, o time soube conter um Atlético-MG já desarticulado e afobado na busca do gol de empate. Desarmou muito, principalmente com Pierre.
Já a dose de sorte serviu para que dois chutes (um de Bilu, aos 21min, e outro de Coelho, aos 27min) parassem nas traves do gol de Diego Cavalieri.


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