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Palmeiras repete "mantra" e triunfa
Equipe amplia série vitoriosa longe do Parque Antarctica e, com dois gols de Martinez, derrota o Atlético-MG de virada
Atlético-MG 1
Palmeiras 2
DA REPORTAGEM LOCAL
Fazer fora o que não consegue em casa já virou o "mantra"
palmeirense no Brasileiro. Ontem à tarde, a vítima do carrasco visitante foi o Atlético-MG.
De virada, o time do técnico
Caio Júnior foi eficiente e ainda contou com muita sorte para
assegurar a sua quinta vitória
longe do Parque Antarctica.
A eficiência gerou os dois gols
de Martinez -que chegou a
quatro no Brasileiro. A boa estrela impediu que três chutes
vazassem o goleiro Diego Cavalieri. Ambos encontraram as
traves da meta palmeirense.
A batalha, agora, é para que o
time repita no domingo que
vem -quando volta a atuar em
casa, diante do Flamengo, na
abertura do returno- a mesma
receita de sucesso empregada
longe de seus domínios.
"A gente está jogando bem
fora. Mas vamos trabalhar para
melhorar nossos resultados em
casa", prometeu o zagueiro Dininho ao final da partida.
E o jogo que começou eletrizante. Em menos de dez minutos, o Mineirão já assistira a
três gols. Só dois valeram. O
primeiro, anotado por Danilinho aos 2min, foi corretamente
anulado pelo auxiliar Aristeu
Tavares. O atleticano estava em
posição de impedimento.
Antes mesmo que o técnico
Emerson Leão parasse de esbravejar contra o trio de arbitragem -coisa que o treinador
fez durante todo o jogo-, o atacante Éder Luís tratou de acalmar os ânimos. Aos 5min, ele
bateu com precisão no canto
esquerdo de Diego: 1 a 0.
Mas nem a blitz feita pelo
Atlético-MG no início surtiu
efeito ante o visitante indigesto, que empatou na cobrança de
falta de Martinez, aos 9min.
"Primeiro, precisamos corrigir a marcação. Depois, tentar
surpreender nos contra-ataques. Nosso time deu muito espaço no primeiro tempo", diria
depois o meio-campista palmeirense, no intervalo do jogo.
Leitura exata do que foi a
partida em sua primeira metade. Enquanto o rival utilizava
muito bem as subidas de Coelho, pela direita, e Thiago Feltri, na esquerda, os paulistas
pecavam na troca de passes na
frente da área mineira.
O goleiro Diego passou por
apuros nos chutes cruzados
que atravessaram a área palmeirense -além de ver uma
falta batida por Coelho parar
no travessão, aos 33min.
Chance boa, mesmo, o Palmeiras só teve aos 41min, quando Makelele recebeu passe de
Wendel e bateu forte. Edson se
esticou inteiro para espalmar.
Quando os times voltaram ao
gramado para o início da etapa
final, o clima ficou tenso.
"Até a torcida do Palmeiras
deve estar cansada de tanta ajuda", ironizou Leão sobre a atuação do árbitro Marcelo de Lima
Henrique. "Não pode haver essa pressão sobre a arbitragem",
respondeu Caio Júnior.
Alheio às bravatas de Leão, o
técnico palmeirense foi fundamental na vitória ao trocar William por Nen e reorganizar a
equipe com três zagueiros.
Mais compacto, o time fez
justamente o que Martinez pedira. Marcou muito bem e
aproveitou um bom contra-ataque para virar, aos 12min.
A partir daí, competência e
sorte decidiram o jogo a favor
do Palmeiras. No primeiro caso, o time soube conter um
Atlético-MG já desarticulado e
afobado na busca do gol de empate. Desarmou muito, principalmente com Pierre.
Já a dose de sorte serviu para
que dois chutes (um de Bilu,
aos 21min, e outro de Coelho,
aos 27min) parassem nas traves do gol de Diego Cavalieri.
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