São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007 |
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CIDA SANTOS Para que a história não se repita
"TERMINO esse livro levantando a vida." Essa é a última frase do livro que o levantador Ricardinho lança amanhã em Maringá. Nele, relata a sua trajetória no vôlei e no último capítulo, o 42, conta os fatos e o sofrimento que passou ao ser cortado da seleção dois dias antes do Pan. O livro "Levantando a Vida", escrito pelo jornalista Luiz Carlos Ramos, estará nas livrarias na quarta. A idéia inicial era que o último capítulo fosse sobre a conquista do ouro no Pan. Com o corte da seleção, o enredo mudou. Desde então, Ricardinho tem evitado dar entrevistas. Sábado, ele disse, por telefone, que não foi convocado para o Sul-Americano e que não foi procurado por ninguém da comissão técnica. O levantador fica mais esta semana no Brasil. Na próxima, deve se apresentar ao Modena, seu clube na Itália. Os atletas que vão disputar o Sul-Americano iriam se apresentar ontem à noite, no Rio de Janeiro. Do grupo do ouro no Pan, estarão ausentes somente Murilo, Bruninho e Samuel, que irão disputar a Copa América, em Manaus. O técnico Bernardinho ainda pode convocar alguns jogadores nesta semana. A história parece que volta a se repetir no vôlei brasileiro. Já tivemos grandes seleções, como a geração de prata nos anos 80 e a geração de ouro de Tande, Marcelo Negrão, Maurício e Giovane nos anos 90, que não foram mais longe por problemas de vaidades e questões financeiras. É uma pena que a seleção, campeã olímpica e bi mundial, manche sua história. A questão principal foi a premiação do Pan. Os jogadores não queriam dividir o prêmio com a comissão técnica. O argumento era: a comissão técnica, ao contrário dos atletas, recebe salário da seleção. Como capitão, Ricardinho levava as reivindicações do grupo. As conversas nem sempre eram amistosas, daí veio um desgaste. A comissão técnica, em vez de resolver o problema internamente, cortou o atleta às vésperas do Pan, aumentou as feridas e tornou a questão pública. O futuro da seleção brasileira masculina está nas mãos de Bernardinho e Ricardinho. Eles podem mostrar que conflitos são superados ou deixar que a velha história do vôlei brasileiro se repita. O LIVRO O "Levantando a Vida" possui 256 páginas, 42 capítulos e 180 fotos. O livro começou a ser escrito em fevereiro e foi encerrado na segunda quinzena de julho. O último capítulo da obra foi escrito seis vezes por Ricardinho e revisado por Luiz Carlos Ramos. AS COMUNIDADES Os conflitos entre Ricardinho e Bernardinho já chegaram ao Orkut. Já existem várias comunidades sobre a questão entre as quais: "Bernardinho é um Mané", "Ricardinho: essa você não tem", "Essa foi f.... Bernardinho", "Luto pelo corte de Ricardinho" e "Sandálias da Humildade no vôlei".
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