Clube estréia hoje contra o Vasco na Sul-Americana centrado no Brasileiro

Equipe paulista, que saiu do cenário continental em 2001, visita o Vasco no Rio com time misto e deixa América em segundo plano

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A soma de um torneio desinteressante à maioria dos clubes brasileiros com um time focado no topo do campeonato nacional resulta no Palmeiras que estréia hoje, às 22h, contra o Vasco, na Copa Sul-Americana.
Desde 1999, quando conquistou seu único título de Libertadores -este, sim, o grande sonho de consumo dos brasileiros-, o Palmeiras nunca mais ergueu uma taça continental.
Nos dois anos seguintes à maior vitória de sua história, o clube paulista ainda se manteve entre os melhores da América do Sul, mesmo que não tenha adicionado troféus à galeria.
Foi vice-campeão da Libertadores em 2000 e semifinalista em 2001, além de vice da Copa Mercosul -competição que antecedeu a Copa Sul-Americana- em 1999 e 2000.
Depois, caiu no ostracismo. Em 2003, participou pela primeira e única vez da Sul-Americana enquanto tentava, na Série B, voltar à elite do país. Foi despachado logo na disputa das eliminatórias brasileiras com duas derrotas para São Caetano (3 a 0) e Cruzeiro (1 a 0).
Em 2005 e em 2006, retornou à Libertadores mas não passou das oitavas-de-final. Em ambas as edições, perdeu a vaga para o São Paulo.
O torneio que começou ontem para os brasileiros nasceu em 2002 para ser o segundo campeonato da Confederação Sul-Americana de Futebol.
Como o seu início coincide com a metade do Brasileiro e o campeão não obtém nenhuma vantagem além da financeira, a Sul-Americana acaba, invariavelmente, sendo ignorada pelos times que estão na briga pelo título nacional -o Palmeiras está a sete pontos do Grêmio.
Assim, o que poderia servir para recolocar o clube paulista no cenário continental será, na prática, um treino intensivo para os reservas -com direito à estréia de um goleiro que nunca defendeu o time principal.
Bruno, 24, é o único confirmado na equipe titular. O titular Marcos nem se concentrou com a equipe alviverde.
"Não vou tirar 11 jogadores e colocar outros 11. Posso tirar dois, três, quatro atletas, mas sempre mantendo uma base. Nós temos um elenco de muita qualidade e quem me conhece sabe que trabalho com revezamento", disse o treinador Vanderlei Luxemburgo.
"Se eu tiver disponibilidade de escalar força máxima, vou escalar. Agora, se lá na frente eu sentir que vai apertar em razão de uma disputa de título do Brasileiro, aí posso mudar um pouco a nossa filosofia. Tudo vai depender do momento."