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FUTEBOL
Seleção se depara com a China que não melhora
Time de Dunga, já classificado, tenta o primeiro lugar da chave
BRASIL
Terceira partida nos Jogos, contra a
frágil e bagunçada anfitriã, às 8h45
DO ENVIADO A QINHUANGDAO
Hoje, às 8h45 (horário de
Brasília), pela primeira vez um
esporte coletivo do Brasil vai
enfrentar a China na Olimpíada de Pequim.
Mas a seleção masculina de
futebol, já classificada para as
quartas-de-final e precisando
de um empate para não depender de ninguém na busca pelo
primeiro lugar na sua chave,
não terá pela frente um rival
que prima pela organização e
ascensão, a marca de quase todo esporte chinês.
O futebol masculino da China, apesar da imensa popularidade, é uma bagunça.
Ratomir Dujkovic, um sérvio
que era o técnico do time olímpico há quase dois anos, foi demitido cerca de três semanas
antes de a Olimpíada começar.
Na seleção principal, seu compatriota Vladimir Petrovic
também perdeu o emprego recentemente.
Os resultados são pífios. Com
só um ponto em seis disputados, o time precisa vencer hoje
o Brasil e ainda ficar na dependência do que acontecer no
duelo entre Bélgica e Nova Zelândia, que jogam na mesma
hora. A China também já não
tem mais chance de ir à Copa
do Mundo de 2010.
Hoje, o time nacional chinês
é apenas o 97º colocado do ranking da Fifa. Em 1998, terminou a temporada em 37º.
Com tal cenário, o técnico
chinês para os Jogos, o local Yin
Tiesheng, já jogou a toalha.
""Nossas chances de classificação são quase zero. O Brasil já
mostrou sua qualidade. Será
uma grande oportunidade para
a gente enfrentar o time top do
mundo", afirmou Yin.
O próprio adversário reconhece suas limitações, mas ainda assim o Brasil põe a China
como um rival até poderoso.
""Eu vi os dois jogos deles
[contra Bélgica e Nova Zelândia]. Eles vinham bem, mas tomaram um gol e ficaram desarrumados. E ainda estão enfrentando bons adversários", afirmou o técnico Dunga.
""É um grande adversário.
Tem jogadores fortes e joga em
casa, com a ajuda do seu torcedor", declarou o atacante Alexandre Pato, do Milan.
O volante Anderson vê vantagens de jogar contra um país
com 1,3 bilhão de torcedores (a
população da China). ""Assim é
melhor. Dá mais vontade de ganhar", disse o jogador do Manchester United, que deixou claro nas entrevistas que prefere
ser poupado hoje, já que é um
dos quatro brasileiros pendurados por cartão amarelo -o
goleiro Renan, o zagueiro Alex
Silva e o volante Hernanes são
os outros já advertidos.
""Sou profissional e jogo sem
problema, caso o Dunga queira.
Mas é claro que existe um risco
de novo amarelo e ficar de fora
das quartas-de-final. Eu prefiro
ser poupado", falou Anderson.
No treino de ontem, Dunga
não confirmou o time, mas deu
sinais de que deve, sim, deixar
de foram alguns titulares, principalmente os pendurados.
O lateral-direito Rafinha, que
não tem problema de cartão,
começou no banco de reservas,
um dia depois de o alemão
Schalke 04, seu clube, ter anunciado que o quer de volta porque a Confederação Brasileira
de Futebol não teria feito um
seguro para ele, como o time
exigia. A CBF diz que é praxe fazer seguro para todos os atletas.
O Brasil joga pelas quartas-de-final no próximo sábado. O
rival será um desses três times:
Itália, Camarões, Coréia do Sul.
O grupo dessas seleções será
definido antes da chave do Brasil.
(PAULO COBOS)
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suspensos terá a China
para a partida de hoje
contra o time de Dunga.
Isso significa que a equipe anfitriã terá apenas
três jogadores no banco
de reservas contra o Brasil, sendo que um deles
será o goleiro. A China é o
time mais indisciplinado
do torneio masculino de
futebol em Pequim, tendo recebido dois cartões
vermelhos diretos e seis
cartões amarelos. Só a
Bélgica, que teve dois expulsos contra o Brasil,
faz frente aos chineses.
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