São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2008

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FUTEBOL

Seleção se depara com a China que não melhora

Time de Dunga, já classificado, tenta o primeiro lugar da chave

BRASIL
Terceira partida nos Jogos, contra a frágil e bagunçada anfitriã, às 8h45


DO ENVIADO A QINHUANGDAO

Hoje, às 8h45 (horário de Brasília), pela primeira vez um esporte coletivo do Brasil vai enfrentar a China na Olimpíada de Pequim.
Mas a seleção masculina de futebol, já classificada para as quartas-de-final e precisando de um empate para não depender de ninguém na busca pelo primeiro lugar na sua chave, não terá pela frente um rival que prima pela organização e ascensão, a marca de quase todo esporte chinês.
O futebol masculino da China, apesar da imensa popularidade, é uma bagunça.
Ratomir Dujkovic, um sérvio que era o técnico do time olímpico há quase dois anos, foi demitido cerca de três semanas antes de a Olimpíada começar. Na seleção principal, seu compatriota Vladimir Petrovic também perdeu o emprego recentemente.
Os resultados são pífios. Com só um ponto em seis disputados, o time precisa vencer hoje o Brasil e ainda ficar na dependência do que acontecer no duelo entre Bélgica e Nova Zelândia, que jogam na mesma hora. A China também já não tem mais chance de ir à Copa do Mundo de 2010.
Hoje, o time nacional chinês é apenas o 97º colocado do ranking da Fifa. Em 1998, terminou a temporada em 37º.
Com tal cenário, o técnico chinês para os Jogos, o local Yin Tiesheng, já jogou a toalha.
""Nossas chances de classificação são quase zero. O Brasil já mostrou sua qualidade. Será uma grande oportunidade para a gente enfrentar o time top do mundo", afirmou Yin.
O próprio adversário reconhece suas limitações, mas ainda assim o Brasil põe a China como um rival até poderoso.
""Eu vi os dois jogos deles [contra Bélgica e Nova Zelândia]. Eles vinham bem, mas tomaram um gol e ficaram desarrumados. E ainda estão enfrentando bons adversários", afirmou o técnico Dunga.
""É um grande adversário. Tem jogadores fortes e joga em casa, com a ajuda do seu torcedor", declarou o atacante Alexandre Pato, do Milan.
O volante Anderson vê vantagens de jogar contra um país com 1,3 bilhão de torcedores (a população da China). ""Assim é melhor. Dá mais vontade de ganhar", disse o jogador do Manchester United, que deixou claro nas entrevistas que prefere ser poupado hoje, já que é um dos quatro brasileiros pendurados por cartão amarelo -o goleiro Renan, o zagueiro Alex Silva e o volante Hernanes são os outros já advertidos.
""Sou profissional e jogo sem problema, caso o Dunga queira. Mas é claro que existe um risco de novo amarelo e ficar de fora das quartas-de-final. Eu prefiro ser poupado", falou Anderson.
No treino de ontem, Dunga não confirmou o time, mas deu sinais de que deve, sim, deixar de foram alguns titulares, principalmente os pendurados.
O lateral-direito Rafinha, que não tem problema de cartão, começou no banco de reservas, um dia depois de o alemão Schalke 04, seu clube, ter anunciado que o quer de volta porque a Confederação Brasileira de Futebol não teria feito um seguro para ele, como o time exigia. A CBF diz que é praxe fazer seguro para todos os atletas.
O Brasil joga pelas quartas-de-final no próximo sábado. O rival será um desses três times: Itália, Camarões, Coréia do Sul. O grupo dessas seleções será definido antes da chave do Brasil. (PAULO COBOS)

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suspensos terá a China para a partida de hoje contra o time de Dunga. Isso significa que a equipe anfitriã terá apenas três jogadores no banco de reservas contra o Brasil, sendo que um deles será o goleiro. A China é o time mais indisciplinado do torneio masculino de futebol em Pequim, tendo recebido dois cartões vermelhos diretos e seis cartões amarelos. Só a Bélgica, que teve dois expulsos contra o Brasil, faz frente aos chineses.


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