|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PERFIL
Judoca enfrentou pior crise após melhor triunfo
DA REPORTAGEM LOCAL
"Foi uma ilusão. Achei que
tudo seria mais fácil. Mas a medalha não tem no Brasil a repercussão de lá fora." Pouco
antes do Pan de Santo Domingo, Carlos Honorato ainda
lembrava a fase que atravessou
na esteira da prata olímpica,
quase três anos antes.
"Comecei a treinar pouco para correr atrás de patrocínio e
tive alguns resultados muito
ruins", disse Honorato, que teve problemas de peso e subiu
de categoria para competir nas
seletivas para o Mundial de
2001 -acabou eliminado.
A decepção só não foi maior
porque já estava acostumado a
recorrer a expedientes que não
um patrocínio formal. No início da carreira, amigos e familiares vendiam rifas, e a mãe,
cosméticos e salgadinhos, para
custear passagens e inscrições.
Já o pai, ex-judoca, sempre
foi o maior incentivador dos filhos -o irmão mais novo, Flávio, disputou o Mundial-01.
Honorato diz que só conseguiu recuperar a forma no ano
passado, voltando a lutar entre
os médios, já com o pensamento para o Pan e o Mundial.
Neste evento, aliás, ele tem
histórico de bons desempenhos. Na primeira edição que
disputou, em Birmingham-99,
ele obteve o segundo melhor
resultado do país no evento:
terminou em quinto lugar.
No ano seguinte, perdeu na
seletiva olímpica para Edelmar
"Branco" Zanol, mas, beneficiado pela contusão do rival,
ganhou a vaga de titular menos
de um mês antes dos Jogos.
Ontem, festejou a volta por
cima e disse já pensar na seletiva para Atenas, em março. "Estou muito feliz, a medalha coroa todo o trabalho realizado
desde antes do Pan."
(MSK)
Texto Anterior: Judô aumenta o clube em Osaka Próximo Texto: O que ver na TV Índice
|