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São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2003

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PERFIL

Judoca enfrentou pior crise após melhor triunfo

DA REPORTAGEM LOCAL

"Foi uma ilusão. Achei que tudo seria mais fácil. Mas a medalha não tem no Brasil a repercussão de lá fora." Pouco antes do Pan de Santo Domingo, Carlos Honorato ainda lembrava a fase que atravessou na esteira da prata olímpica, quase três anos antes.
"Comecei a treinar pouco para correr atrás de patrocínio e tive alguns resultados muito ruins", disse Honorato, que teve problemas de peso e subiu de categoria para competir nas seletivas para o Mundial de 2001 -acabou eliminado.
A decepção só não foi maior porque já estava acostumado a recorrer a expedientes que não um patrocínio formal. No início da carreira, amigos e familiares vendiam rifas, e a mãe, cosméticos e salgadinhos, para custear passagens e inscrições.
Já o pai, ex-judoca, sempre foi o maior incentivador dos filhos -o irmão mais novo, Flávio, disputou o Mundial-01.
Honorato diz que só conseguiu recuperar a forma no ano passado, voltando a lutar entre os médios, já com o pensamento para o Pan e o Mundial.
Neste evento, aliás, ele tem histórico de bons desempenhos. Na primeira edição que disputou, em Birmingham-99, ele obteve o segundo melhor resultado do país no evento: terminou em quinto lugar.
No ano seguinte, perdeu na seletiva olímpica para Edelmar "Branco" Zanol, mas, beneficiado pela contusão do rival, ganhou a vaga de titular menos de um mês antes dos Jogos.
Ontem, festejou a volta por cima e disse já pensar na seletiva para Atenas, em março. "Estou muito feliz, a medalha coroa todo o trabalho realizado desde antes do Pan." (MSK)


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