São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2006 |
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TOSTÃO Declínio e ascensão
O SÃO PAULO da Libertadores e
do título mundial do ano passado era melhor do que o da
Libertadores deste ano, que por sua
vez é superior ao atual time. O clube
perdeu Amoroso e Cicinho e, mais
recentemente, Lugano e Ricardo
Oliveira, quatro de seus principais
jogadores.
Mas os três estão desgastados. Mesmo com vários problemas, o São Paulo é o favorito para ganhar o título do Brasileiro ao lado do Inter e tem boas chances de vencer amanhã a Recopa. Queda Fluminense e Cruzeiro, dois times que eram considerados favoritos no início do Brasileiro, não param de perder. Muitos achavam que as más atuações do Fluminense eram por causa da lentidão do Petkovic. Pior sem ele. O time não possui também um excelente elenco, nem o Lenny tem o talento que parecia ter. Ainda terá? Não sei. Antonio Lopes também não deveria escalar o Marcelo no meio-campo. Ele tem grandes chances de se tornar um excepcional lateral, titular da seleção por muito tempo, mas precisa aprimorar as suas qualidades e corrigir as suas deficiências. Antes de mais nada, Marcelo tem de saber as diferenças do lateral e do ala, se ainda não sabe. O Cruzeiro está em uma situação parecida com a do Fluminense. Há muitos jogadores velozes, mas com pouco talento, além de conduzirem demais a bola. Os dois melhores volantes, Martinez e Fabio Santos, estavam sem jogar há muito tempo e devem retornar à equipe. Mesmo assim, o elenco é apenas regular. Enquanto isso, o balcão de negócios da diretoria não pára de contabilizar lucros para o clube e prejuízos para o time. Ascensão O Inter, por ter um excelente elenco, parece ter recuperado a qualidade após a saída de vários titulares. Fernandão, o único que não poderia sair, continua iluminando o time com sua inteligência, passes e gols. Leão contribuiu bastante para a ascensão do Corinthians. Por outro lado, o técnico, com seu comportamento agressivo, estimula, mesmo sem pedir, a violência dos jogadores e o desrespeito do Carlos Alberto aos árbitros e auxiliares. Bastou o Ney Franco simplificar e escalar o jovem e promissor Renato Augusto próximo dos dois atacantes (Luizão e Obina) para o time melhorar. Mas ainda é cedo para dizer que o Flamengo está em ascensão e que o Obina já é melhor do que o Eto'o. Ney Franco precisa de apoio. O principal problema do Flamengo nos últimos anos não é de treinador. É de falta de planejamento, de transparência e de competência das diretorias. tostao.folha@uol.com.br Texto Anterior: Régis Andaku: Mas é só isso? Próximo Texto: Palpiteiro, Leão escala força máxima Índice |
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