São Paulo, domingo, 13 de setembro de 2009

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"Rei" do topo, Muricy o defende

Desde 2006, atual técnico do Palmeiras, que encara o Vitória, liderou 47% de rodadas do Nacional

Sem o meia Diego Souza, que cumprirá suspensão, time do Parque Antarctica pode ser ultrapassado hoje pelo Inter, só 1 ponto atrás

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois jogos fora de casa e desfalques no Palmeiras ameaçam tirar Muricy Ramalho de um posto que já se tornou familiar para o técnico palmeirense: a ponta da tabela do Nacional.
Desde 2006, quando assumiu o São Paulo, Muricy passou 64 rodadas, de um total de 137, na liderança do Brasileiro -46,7%, ou quase metade do período à frente. Neste ano, no Palmeiras, já são oito rodadas.
Esta rodada e a próxima, entretanto, oferecem extremo perigo à liderança palmeirense -a equipe soma 44 pontos.
Enquanto o time do Parque Antarctica joga fora contra o Vitória, hoje, e o Cruzeiro, no dia 23, os rivais pela liderança veem cenário menos ruim.
O São Paulo atuou contra o Avaí, ontem, no Morumbi -ganhou e foi a 43 pontos. O Internacional (também 43) encara o Cruzeiro, hoje, no Beira-Rio. Na próxima rodada, a equipe tricolor não terá de se deslocar para fora de SP: pega o Santo André, em Ribeirão Preto.
Diego Souza, o mais badalado atleta do Palmeiras, suspenso, não joga em Salvador, Pierre está afastado por lesão, e Vagner Love falou que estará 100% apenas na semana que vem.
Como se não bastasse tudo isso, o Vitória perdeu só uma partida em casa neste Nacional: para o São Paulo. O Palmeiras, porém, tem o consolo de ser o segundo melhor visitante desta edição do Brasileiro, com um aproveitamento de 48,5%.
""A rodada é difícil para nós, como é para todo mundo. Temos de fazer nossa parte ganhando o jogo, repetir na Bahia o que fazemos em casa", reconheceu Muricy, ao ser questionado sobre o perigo que as próximas rodadas representam.
O sentimento encontra eco entre os jogadores do elenco.
""Essas duas próximas partidas [fora de casa] são importantes para quem quer ser campeão, são seis pontos que não podemos deixar escapar", concordou o meia Cleiton Xavier. ""São as partidas fora de casa que definirão o campeonato."
Muricy comentou a proximidade do Internacional e a ameaça de os gaúchos ultrapassarem o Palmeiras. ""Estamos acostumados [com essa proximidade], obriga a fazer todo dia melhor, trabalhar mais e melhor, dentro e fora de campo."
Um rosário de dificuldades preocupa a comissão técnica no retorno ao Barradão, palco da derrota que selou o rebaixamento do Palmeiras, em 2002.
""Eles estão mais acostumados ao gramado, a jogar sob o forte calor das 16h. O Vitória cresce muito quando joga em casa", analisou o treinador.
""O leão tem que rosnar mais alto no Barradão. Precisamos desses três pontos", disse Jorge Sampaio, presidente do Vitória, em alusão ao símbolo do time.
Um jogador que guarda boas lembranças do Barradão é Vagner Love. Foi nesse estádio que ele disputou a primeira partida como titular pelo Palmeiras.
""O Vitória é um time rápido e que explora bem o fato de jogar em casa. Mas podemos correr atrás dos três pontos. Essa é nossa meta",disse o atacante.

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