|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com Barrichello, Williams busca reagir
Parceiros a partir de 2010, piloto e equipe tentam superar período de maus resultados nas últimas temporadas da F-1
Após títulos nos anos 80 e 90, escuderia experimenta jejum e aposta na vivência do brasileiro nas pistas para voltar a estar entre grandes
DA REPORTAGEM LOCAL
Unidos por um contrato de
um ano, que pode ser prolongado até o fim de 2011, Rubens
Barrichello e Williams iniciarão a parceria enxergando-se
um no outro. Nos últimos
Mundiais, piloto e escuderia
cumpriram trajetórias com
mais baixos do que altos. Juntos, correrão para se reerguer.
Sem vaga na Brawn, que terá
Nico Rosberg como companheiro de Jenson Button no
próximo Mundial, Barrichello
assinou com a equipe de Frank
Williams após vencer o GP da
Itália, há exato um mês. O
anúncio oficial deve acontecer
após o GP Brasil, no domingo,
ou depois da prova de Abu Dhabi, que fecha o campeonato.
Na nova equipe, a quinta em
18 anos de F-1, Barrichello será
parceiro de um novato, o alemão Nico Hulkenberg, 22, piloto de testes e atual campeão da
GP2. Desta forma, será, em
princípio, o principal encarregado de empurrar a Williams.
Isso se a Williams ajudar.
Terceira equipe em números
de vitórias (113) e Mundiais de
Pilotos (sete) e segunda em títulos de Construtores (nove), a
Williams não coloca um piloto
na luta pelo campeonato desde
2003, quando Juan Pablo Montoya foi o terceiro colocado.
Mais: não vence um GP desde 2004, quando o colombiano
ganhou em Interlagos. E não
crava pole desde Nurburgring-2005, com Nick Heidfeld.
Situação parecida com a vivida por Barrichello até o começo
desta temporada, e o modelo
revolucionário da Brawn GP.
Desenvolvido desde a metade do Mundial passado, quando
o time percebeu que seu carro
era um fiasco, e equipado com
os difusores duplos, que causaram polêmica no início do ano,
o BGP 001 deu ao brasileiro e a
Jenson Button a chance de lutarem outra vez por vitórias.
Depois de sair da Ferrari no
final de 2005, Barrichello
amargou um jejum de quase
cinco anos sem vencer um GP
-já havia passado em branco
em seu último ano no time.
Vice-campeão em 2002 e
2004, sempre atrás de Michael
Schumacher, mas sem chances
efetivas de lutar pelo título, o
brasileiro experimentou a sensação em 2009 após amargar
três de suas piores temporadas
na categoria com a Honda.
No ano de estreia, terminou
26 pontos atrás de seu companheiro, o mesmo Button, e não
conseguiu chegar nenhuma vez
entre os três primeiros -enquanto isso, o inglês venceu
uma corrida e subiu outras
duas vezes ao pódio.
Em 2007, Barrichello viveu
seu pior ano na F-1. Pela primeira vez, não pontuou num
Mundial e sua melhor colocação em uma corrida foi o nono
lugar na Inglaterra. Em classificações, a situação foi parecida.
O nono lugar no grid em Mônaco foi o melhor que conseguiu.
Na temporada passada, o piloto pôs fim ao jejum de pódios
que vinha desde 2005, ao chegar em terceiro na Inglaterra.
Recordista de corridas disputadas na F-1 (completa 284 em
Interlagos), Barrichello ainda
busca acabar com uma marca
incômoda. Desde o GP Brasil de
2004, ele não larga na pole.
Se não terá um carro tão
competitivo como o da Brawn
no ano que vem, na Williams o
brasileiro espera pelo menos
lutar por pontos e pódios.
Em 2009, o time inglês marcou pontos em 11 das 15 etapas
já realizadas, melhor marca
desde 2005, quando terminou
o Mundial de Construtores na
quinta colocação. Para 2010,
porém, o time ainda não sabe
qual motor vai usar, Cosworth,
Toyota ou Renault. A certeza é
só uma: o trabalho será duro.
Texto Anterior: Mundial Sub-20: Contra azarão, Brasil disputa vaga na final Próximo Texto: Patrocínio: Piloto fecha acordo com a Batavo para o GP Brasil Índice
|