São Paulo, terça-feira, 13 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Com Barrichello, Williams busca reagir

Parceiros a partir de 2010, piloto e equipe tentam superar período de maus resultados nas últimas temporadas da F-1

Após títulos nos anos 80 e 90, escuderia experimenta jejum e aposta na vivência do brasileiro nas pistas para voltar a estar entre grandes

DA REPORTAGEM LOCAL

Unidos por um contrato de um ano, que pode ser prolongado até o fim de 2011, Rubens Barrichello e Williams iniciarão a parceria enxergando-se um no outro. Nos últimos Mundiais, piloto e escuderia cumpriram trajetórias com mais baixos do que altos. Juntos, correrão para se reerguer.
Sem vaga na Brawn, que terá Nico Rosberg como companheiro de Jenson Button no próximo Mundial, Barrichello assinou com a equipe de Frank Williams após vencer o GP da Itália, há exato um mês. O anúncio oficial deve acontecer após o GP Brasil, no domingo, ou depois da prova de Abu Dhabi, que fecha o campeonato.
Na nova equipe, a quinta em 18 anos de F-1, Barrichello será parceiro de um novato, o alemão Nico Hulkenberg, 22, piloto de testes e atual campeão da GP2. Desta forma, será, em princípio, o principal encarregado de empurrar a Williams.
Isso se a Williams ajudar.
Terceira equipe em números de vitórias (113) e Mundiais de Pilotos (sete) e segunda em títulos de Construtores (nove), a Williams não coloca um piloto na luta pelo campeonato desde 2003, quando Juan Pablo Montoya foi o terceiro colocado.
Mais: não vence um GP desde 2004, quando o colombiano ganhou em Interlagos. E não crava pole desde Nurburgring-2005, com Nick Heidfeld.
Situação parecida com a vivida por Barrichello até o começo desta temporada, e o modelo revolucionário da Brawn GP.
Desenvolvido desde a metade do Mundial passado, quando o time percebeu que seu carro era um fiasco, e equipado com os difusores duplos, que causaram polêmica no início do ano, o BGP 001 deu ao brasileiro e a Jenson Button a chance de lutarem outra vez por vitórias.
Depois de sair da Ferrari no final de 2005, Barrichello amargou um jejum de quase cinco anos sem vencer um GP -já havia passado em branco em seu último ano no time.
Vice-campeão em 2002 e 2004, sempre atrás de Michael Schumacher, mas sem chances efetivas de lutar pelo título, o brasileiro experimentou a sensação em 2009 após amargar três de suas piores temporadas na categoria com a Honda.
No ano de estreia, terminou 26 pontos atrás de seu companheiro, o mesmo Button, e não conseguiu chegar nenhuma vez entre os três primeiros -enquanto isso, o inglês venceu uma corrida e subiu outras duas vezes ao pódio.
Em 2007, Barrichello viveu seu pior ano na F-1. Pela primeira vez, não pontuou num Mundial e sua melhor colocação em uma corrida foi o nono lugar na Inglaterra. Em classificações, a situação foi parecida. O nono lugar no grid em Mônaco foi o melhor que conseguiu.
Na temporada passada, o piloto pôs fim ao jejum de pódios que vinha desde 2005, ao chegar em terceiro na Inglaterra.
Recordista de corridas disputadas na F-1 (completa 284 em Interlagos), Barrichello ainda busca acabar com uma marca incômoda. Desde o GP Brasil de 2004, ele não larga na pole.
Se não terá um carro tão competitivo como o da Brawn no ano que vem, na Williams o brasileiro espera pelo menos lutar por pontos e pódios.
Em 2009, o time inglês marcou pontos em 11 das 15 etapas já realizadas, melhor marca desde 2005, quando terminou o Mundial de Construtores na quinta colocação. Para 2010, porém, o time ainda não sabe qual motor vai usar, Cosworth, Toyota ou Renault. A certeza é só uma: o trabalho será duro.


Texto Anterior: Mundial Sub-20: Contra azarão, Brasil disputa vaga na final
Próximo Texto: Patrocínio: Piloto fecha acordo com a Batavo para o GP Brasil
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.