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Sem cara
Para tirar a equipe da crise, treinador interino do Corinthians tenta, contra o Vasco, fazer seu time jogar recuado , como nos tempos de Mano Menezes
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
Sem vencer há cinco jogos,
sem técnico e sem uma cara
definida. O Corinthians leva
todos os seus problemas para
o Rio, onde enfrenta o Vasco
às 22h, em busca de uma saída para a crise em que se meteu nos últimos dias.
A partida de hoje foi adiada na 18ª rodada -deveria
ter sido disputada em 1º de
setembro, exatamente a data
do centenário do clube,
quando tudo era festa e o único rival entre o Corinthians e
o título era o Fluminense.
Hoje o time está em terceiro lugar, com 49 pontos, três
a menos que o Fluminense e
a cinco de distância do Cruzeiro. Dos últimos 15 pontos
que disputou, o Corinthians
conquistou apenas dois.
Os maus resultados trouxeram a pressão da torcida.
Também insatisfeita, a diretoria entregou a cabeça do
técnico Adilson Batista.
Enquanto o presidente Andres Sanchez correu para o
Rio de Janeiro atrás de um
técnico, o time ficou sob
orientação de Fábio Carille,
37, ex-auxiliar de Adilson Batista, mas contratado em janeiro de 2009 a pedido de
Mano Menezes, com quem
havia estagiado no Grêmio.
"Acho que não dá para dizer se o time vai ser mais parecido com o do Adilson ou
com o do Mano", afirmou Carille. "Mas a minha maior
preocupação é dar tranquilidade ao sistema defensivo."
A zaga, que sofreu 14 gols
nos últimos seis jogos, era o
grande alvo dos que criticavam Adilson Batista -atletas
e cartolas incluídos.
Carille citou pelo menos
cinco vezes o "sistema defensivo" em suas respostas, durante a entrevista coletiva
que concedeu ontem à tarde,
no Centro de Treinamento.
"O momento agora é de
resgatar o sistema defensivo", disse, ao justificar a escalação de William e Chicão,
que não jogam juntos há
mais de um mês. "É a dupla
que está junta desde 2008,
em quem a torcida confia. A
ideia é dar tranquilidade."
Na derrota para o Atlético-
-GO por 4 a 3, a zaga foi formada por Thiago Heleno e
William, que no segundo
tempo foi substituído por
Chicão. A troca colaborou
para a demissão de Adilson.
Além de mexer na zaga,
Carille vai mudar a forma de
jogar de laterais e volantes.
"A ordem é para que só um
volante ataque de cada vez,
essa é a orientação", disse.
Com o antecessor, era comum ver os volantes corintianos no campo do adversário, mais preocupados em
roubar a bola perto do gol do
oponente do que em proteger
os laterais. Apesar de tanta
preocupação com a zaga, Carille diz que vencer no Rio
"não será um milagre".
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