São Paulo, quarta-feira, 13 de outubro de 2010

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Na volta, Brasil refuta marmelada

VÔLEI
Na Itália, líbero disse que time entregou jogo para levar o tri


DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

A seleção brasileira masculina de vôlei desembarcou em São Paulo ontem após conquistar o tricampeonato Mundial, na Itália. Em vez de falar sobre o título, teve de justificar a estratégia para chegar ao topo do pódio.
"Nós nunca conversamos sobre entregar o jogo. Não houve marmelada", disse o capitão do time, Giba.
A afirmação vai de encontro ao que o líbero Mário Jr. dissera ao Sportv após os 3 a 0 sobre Cuba na final.
"O momento mais difícil foi entregar o jogo contra a Bulgária. No começo, eu não consegui. Não sabia como fazer, nunca tinha feito isso na minha vida antes. A gente tinha esse objetivo mesmo, e foi superado", revelara.
Ele se referia à derrota no último jogo da segunda fase. Quem vencesse, enfrentaria a forte Cuba na etapa seguinte, que seria eliminatória.
Segundo os jogadores, foi opção do grupo poupar os titulares para aquele confronto -o time já estava classificado- e também não escalar o levantador Bruno, que estava sobrecarregado.
Como o reserva Marlon estava doente, o oposto Théo fez as vezes de levantador, e o time jogou muito mal. A equipe perdeu por 3 a 0.
Giba afirmou que aquele jogo era uma "mancha negra" em sua carreira.
Ontem, Mário Jr. mudou seu discurso. "Foi uma colocação infeliz. Errei. Ninguém quis entregar", justificou-se.
"Mas a culpada disso tudo é a federação", apontou, em referência à FIVB (Federação Internacional de Vôlei), responsável pelo confuso regulamento do Mundial.
Outros jogadores também reclamaram da entidade que comanda o vôlei mundial.
"A marmelada foi feita pela FIVB, que fez um caminho mais fácil para a Itália chegar à final em casa", acusou o ponteiro Murilo, eleito melhor jogador da competição.
"Por que não falam que a Itália jogou contra o Irã e o México? Não existe polêmica com em torno deles [italianos]", reclamou Giba.
Os brasileiros deram opiniões diferentes sobre como esse Mundial ficará marcado na história da equipe.
"Infelizmente, quando falarem desta conquista, vão lembrar do jogo com a Bulgária, mas a gente sabe que não foi assim", lamentou Murilo.
"Ninguém aqui vai errar um ataque porque quer perder. Não acredito que ficaremos marcados só por aquele jogo", discordou Bruno.


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