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tapetão
Dualib e vice são afastados do futebol
Tribunal suspende ex-presidente do Corinthians e Nesi Curi por três anos, mas poupa o clube e seu atual mandatário
Apesar de ter apoiado elo com a MSI, Andrés Sanches, que falara em "explodir tudo" se fosse condenado, acaba absolvido no voto de minerva
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Saiu ontem a primeira condenação em um caso envolvendo a parceria Corinthians/MSI.
Por causa das suspeitas sobre
o título brasileiro de 2005 obtido pelo clube, o ex-presidente
Alberto Dualib e o ex-vice Nesi
Curi foram punidos em julgamento na primeira Comissão
do STJD (Superior Tribunal de
Justiça Desportiva) com suspensão de três anos. Neste período eles estão proibidos de
exercer cargos de direção em
entidades esportivas no Brasil.
Andrés Sanches, atual presidente do Corinthians e que
também corria o risco de ser
suspenso, foi absolvido no voto
de desempate. Andrés era vice-presidente de futebol do clube
na época do tetracampeonato
do Brasileiro e um dos defensores da parceria com a MSI.
O Corinthians, que podia ter
que pagar multa de até R$ 10
mil pelo caso, também acabou
absolvido pelo tribunal.
Todas as decisões são passíveis de recurso. No caso das absolvições, a Procuradoria é
quem terá de pedir novo julgamento no pleno (segunda e última instância) do STJD -os
procuradores, no entanto, disseram que ainda iriam analisar
o caso antes de se decidirem se
entrarão com recurso tanto no
caso de Andrés como contra a
absolvição do Corinthians.
Já a defesa de Dualib e Nesi
avisou que pedirá novo julgamento do caso. "Vamos discutir
isso na segunda instância", declarou o advogado José Luiz
Toloza, o mesmo que defende
os dois ex-dirigentes corintianos no processo que corre na
Justiça Federal em que respondem por lavagem de dinheiro e
formação de quadrilha.
Foi um julgamento longo.
Por mais de três horas e meia, o
caso foi debatido antes que os
veredictos fossem proferidos.
Andrés esteve presente à sessão. Foi ouvido e indagado pelos auditores, antes que os advogados de defesa expusessem
suas teses. O presidente do Corinthians admitiu ter tido contato com Boris Berezovski,
apontado como o principal investidor da MSI, mas que não
sabia se o bilionário russo participava da parceira corintiana.
Dualib e Nesi não foram ao
Rio. Toloza alegou que eles enfrentam problemas de saúde.
O Corinthians e Andrés foram defendidos pelo advogado
João Zanforlin, que normalmente atua em casos que envolvam o clube do Parque São
Jorge na Justiça Desportiva.
As defesas, primeiro, tentaram impedir o julgamento, alegando não terem tido tempo
para formularem suas teses. O
argumento não foi acatado pelos quatro auditores que participaram da sessão.
Andrés demonstrou nervosismo durante o julgamento.
Saiu algumas vezes da sala onde ocorria a sessão para fumar.
Chegou a prometer que, se fosse condenado, pretendia "explodir tudo" no futebol.
Porém, após sua absolvição,
Andrés atacou só uma pessoa:
Rubens Approbato Machado,
presidente do STJD e conselheiro corintiano que não o
apoiou na eleição do clube.
"Só estou aqui por causa do
Approbato, que não gosta de
mim", afirmou Andrés.
Approbato já havia se declarado impedido de participar de
julgamentos envolvendo o Corinthians. Em caso de recurso
de quaisquer das partes, ele
deve ficar fora da audiência na
segunda instância.
Mas os problemas do Corinthians no STJD não acabaram.
O atacante Finazzi, advertido
com o amarelo contra o Goiás,
pode ser punido por ofender o
árbitro Alício Pena Júnior.
Colaborou SÉRGIO RANGEL, da Sucursal do Rio
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