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Sem Nadal, Argentina agora quer quadra lenta
DA REPORTAGEM LOCAL
O desfalque de Rafael Nadal
na equipe espanhola que disputa o título da Copa Davis encerrou a obsessão argentina por
uma quadra super-rápida.
Na tentativa de enfraquecer
Nadal, rei do saibro e número
um do mundo, a Argentina encerrou uma tradição de 87 anos
e escolheu uma quadra dura e
coberta para abrigar a decisão
da Copa Davis em Mar del Plata, de 21 a 23 de novembro.
Até então, em todos os confrontos em que foi a anfitriã, a
Argentina optou pelo saibro,
superfície na qual a maioria de
seus tenistas se sai melhor.
No início da semana, porém,
Nadal divulgou que o tratamento da tendinite em seu joelho direito não havia evoluído
de maneira satisfatória e ele,
que já havia ficado fora do Masters de Xangai, não poderia disputar a decisão da Davis.
A expectativa era que, após o
primeiro treino da equipe argentina em Mar del Plata na segunda-feira, houvesse a solicitação de uma nova camada de
resina acrílica para que a quadra ficasse mais veloz.
Os argentinos bateram bola
no ginásio Ilhas Malvinas poucas horas após o anúncio de Nadal na Espanha. E a solicitação
foi exatamente a contrária da
inicialmente prevista.
O capitão da Argentina, Alberto Mancini, instou a empresa responsável pela montagem
da quadra a deixá-la mais lenta
com uma pintura mais rugosa.
"O confronto sem Nadal é
muito diferente", afirmou
Mancini. "Não se pode negar
que [a ausência dele] favorece a
Argentina", completou.
Já o capitão espanhol Emilio
Sanchez Vicario, que chamou o
estreante Marcel Granollers
(56º do mundo) para substituir
Nadal, disse preferir que o líder
do ranking nem viaje para a Argentina, como foi cogitado, para evitar "distrações".
Antes da desistência de Nadal e mesmo com a estratégia
dos anfitriões, especialistas
apostavam em uma disputa
bastante equilibrada.
O suíço Roger Federer, que
perdeu o topo do ranking para o
espanhol nesta temporada,
aponta agora o favoritismo da
Argentina, que busca seu primeiro título na competição.
"Sempre pensei em algo como 50% a 50%, talvez um pouco mais para a Argentina com o
Rafa em quadra", afirmou o ex-número um do mundo. "Agora
que ele não joga, obviamente
vejo algo como 65% a 35%."
Com agências internacionais
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