São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sem Nadal, Argentina agora quer quadra lenta

DA REPORTAGEM LOCAL

O desfalque de Rafael Nadal na equipe espanhola que disputa o título da Copa Davis encerrou a obsessão argentina por uma quadra super-rápida.
Na tentativa de enfraquecer Nadal, rei do saibro e número um do mundo, a Argentina encerrou uma tradição de 87 anos e escolheu uma quadra dura e coberta para abrigar a decisão da Copa Davis em Mar del Plata, de 21 a 23 de novembro.
Até então, em todos os confrontos em que foi a anfitriã, a Argentina optou pelo saibro, superfície na qual a maioria de seus tenistas se sai melhor.
No início da semana, porém, Nadal divulgou que o tratamento da tendinite em seu joelho direito não havia evoluído de maneira satisfatória e ele, que já havia ficado fora do Masters de Xangai, não poderia disputar a decisão da Davis.
A expectativa era que, após o primeiro treino da equipe argentina em Mar del Plata na segunda-feira, houvesse a solicitação de uma nova camada de resina acrílica para que a quadra ficasse mais veloz.
Os argentinos bateram bola no ginásio Ilhas Malvinas poucas horas após o anúncio de Nadal na Espanha. E a solicitação foi exatamente a contrária da inicialmente prevista.
O capitão da Argentina, Alberto Mancini, instou a empresa responsável pela montagem da quadra a deixá-la mais lenta com uma pintura mais rugosa.
"O confronto sem Nadal é muito diferente", afirmou Mancini. "Não se pode negar que [a ausência dele] favorece a Argentina", completou.
Já o capitão espanhol Emilio Sanchez Vicario, que chamou o estreante Marcel Granollers (56º do mundo) para substituir Nadal, disse preferir que o líder do ranking nem viaje para a Argentina, como foi cogitado, para evitar "distrações".
Antes da desistência de Nadal e mesmo com a estratégia dos anfitriões, especialistas apostavam em uma disputa bastante equilibrada.
O suíço Roger Federer, que perdeu o topo do ranking para o espanhol nesta temporada, aponta agora o favoritismo da Argentina, que busca seu primeiro título na competição.
"Sempre pensei em algo como 50% a 50%, talvez um pouco mais para a Argentina com o Rafa em quadra", afirmou o ex-número um do mundo. "Agora que ele não joga, obviamente vejo algo como 65% a 35%."


Com agências internacionais


Texto Anterior: Nova tentativa: Audiência pública é remarcada para o final do mês
Próximo Texto: Esgotados: Ingressos só duram 6 horas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.