DO ENVIADO A DOHA

Para quem tem uma liga nacional onde o público médio não passa de 500 torcedores, o Qatar, que hospeda amanhã o clássico entre brasileiros e ingleses, é pura megalomania.
O amistoso é um dos trunfos de propaganda para o país na sua candidatura para receber a Copa do Mundo de 2022.
Campanha que está por toda Doha, com outdoors gigantes e prédios inteiros cobertos pelos símbolos da candidatura.
Para levar a competição, o Qatar gasta muito dinheiro, principalmente na construção de estádios. Alguns com projetos bastante ousados.
Um deles tem sistema de ar-condicionado em todos os outros setores. Outro está sendo construído no subsolo da cidade, também com ventilação artificial -por seu formato, com um lance de arquibancada mais alto, foi apelidado de "laptop".
Tudo isso para tentar convencer a Fifa de que o forte calor do verão, a época em que a Copa é realizada, não será um problema -os termômetros entre junho e agosto ultrapassam com facilidade os 45C.
"O que mais surpreendeu aqui é a fartura de dinheiro gasto no futebol", diz o técnico brasileiro Caio Júnior, que comanda o Al Gharafa, um dos maiores clubes de Doha. (PC)


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