São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997.



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FUTEBOL
O goiano Antônio Pereira da Silva já apitou 24 partidas no Brasileiro
Juiz da final é 'odiado' por palmeirenses e vascaínos

e da Sucursal do Rio

A escalação do árbitro goiano Antônio Pereira da Silva para o primeiro jogo da final do Brasileiro, amanhã, às 18h, no Morumbi, irritou palmeirenses e vascaínos.
Ele entrará em campo cercado de pressões dos dois lados.
Logo após a comissão de arbitragem da CBF confirmar o nome do juiz, o vice-presidente do Departamento Jurídico do Vasco, Paulo Reis, enviou um protesto à entidade. Silva estava na lista de árbitros recusados pelo vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Miranda, para atuar nas finais.
Além dele, o mineiro Márcio Rezende de Freitas e o sergipano Sidrack Marinho estavam vetados pela diretoria do Vasco.
Apesar da irritação dos dirigentes cariocas, os jogadores não criticaram a escalação do árbitro.
"Espero que ele tenha tranquilidade suficiente para apitar com seriedade", disse o zagueiro Odvan.
No Palmeiras, o técnico Luiz Felipe Scolari ficou, ao mesmo tempo, surpreso, aliviado e preocupado com a escalação do árbitro.
Ele esperava que o juiz da primeira final fosse o gaúcho Carlos Eugênio Simon. Não imaginava que Armando Marques, presidente da comissão de arbitragem da CBF, fosse desafiar os vetos de Eurico Miranda.
"Pelo menos o Armando escalou o juiz que achava correto, sem pressões", disse Scolari.
Por outro lado, o treinador confirmou que tem uma espécie de rixa pessoal com o juiz, desde os tempos em que dirigia o Grêmio.
"De dez partidas que ele apitava do Grêmio, sete nós perdíamos. Não adiantava nem a gente entrar em campo. Não sei se é uma coisa contra o Grêmio ou contra a minha pessoa", disse.
Silva apitou 24 partidas no Brasileiro. Os times da casa venceram 12 vezes, empataram 8 e perderam 2. Ele comandou também dois clássicos. No total, distribuiu dez cartões vermelhos.
Pereira atuou em dois jogos do time paulista (contra Santos e São Paulo). Ambos terminaram com vitórias do Palmeiras. Também dirigiu dois jogos do Vasco (contra Paraná e Atlético-MG), com vitórias cariocas.
Indefinição
Scolari manteve ontem o suspense sobre quem ocupará o lugar de Galeano, suspenso, no meio-campo do Palmeiras.
O treinador usou, inicialmente, o zagueiro Agnaldo improvisado na posição.
Depois, optou pelo meia Marquinhos. "Não defini ainda para não desmotivar o jogador que ficará fora", disse.



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