São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 2008

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F-1 quer cortar até número de voltas

FIA prevê redução de custos em até 30% e põe fim ao reabastecimento e ao aquecimento de pneus a partir de 2010

Já em 2009, motores terão de durar três provas -limite de oito por piloto- e serão mais baratos; equipes não poderão fazer treino privado


DA REPORTAGEM LOCAL

Para reduzir os gastos de suas escuderias em até 30%, a F-1 mexeu principalmente nos motores para a temporada de 2009. Para 2010, no entanto, aprovou mudanças que podem mudar a cara da categoria, como o fim do reabastecimento.
Com apoio da Fota (Associação das Equipes de F-1), a FIA anunciou ontem alterações severas nas regras do Mundial, aprovadas por seu Conselho Mundial. Reação ao anúncio da Honda, que, na semana passada, colocou seu time à venda e mostrou que a crise econômica não pouparia a categoria.
As mudanças mais imediatas atingem os propulsores. A partir do ano que vem, cada piloto poderá usar oito motores por temporada (mais quatro para treinos). Terão de durar três corridas, e o giro será limitado a 18.000 rpm. O custo de peças para equipes independentes serão reduzidos em 50%.
A idéia de motores padronizados, a mais polêmica, não foi aprovada totalmente. Mas, a partir de 2010, uma empresa independente, que deve ser a Cosworth, poderá vender os propulsores a menos de 5 milhões (cerca de R$ 16 milhões). As montadoras poderão seguir fabricando seus propulsores. E os motores usados em 2010 terão de continuar em ação pelas duas temporadas seguintes.
Os times também terão menos tempo para verificar o desempenho dos carros. Os testes serão limitados apenas aos fins de semana das corridas.
"Acho que provavelmente esse é o primeiro passo da F-1 para se salvar. O que é importante nessas mudanças é que, quando você andar no pit lane, sentar na arquibancada ou ver pela TV, não notará diferença. Será a F-1 que conhecemos, só que mais barata", disse o presidente da FIA, Max Mosley.
Com as mudanças esportivas previstas para 2010, no entanto, as corridas não serão exatamente como as de hoje. A começar pelas estratégias, já que não será mais permitido o reabastecimento dos carros durante as corridas nem o aquecimento dos pneus antes da largada. Os sistemas de telemetria e rádio serão padronizados.
Está em estudo também as reduções do número de voltas e da duração das provas.
Além das propostas já aprovadas para as próximas temporadas, a FIA também fará pesquisa de mercado para verificar a aceitação de um novo sistema de pontuação para o campeonato. Ao invés dos pontos usados hoje, os pilotos seriam classificados como no quadro de medalhas olímpico. Também pode haver mudança no sistema de classificação.
"Estima-se redução de 30% nos gastos das equipes e muito mais para as independentes", afirmou a FIA em comunicado.
As alterações propostas na F-1 devem levar também à redução dos quadros das equipes. Uma das medidas que será adotada em 2009 é o compartilhamento de informações sobre pneus e combustíveis.
As fábricas terão de fechar as portas por seis semanas por ano, para atender a legislação de seus países. E pode haver redução no número de pessoas que trabalham durante as corridas -hoje cada time envolve até 1.000 profissionais.

Com agências internacionais



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