|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Projeto para 2016 prevê aumento de ao menos 300%
Em propostas ao COB, maioria das confederações pede entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões por ano para Olimpíada
Fora verbas de estatais, governo federal acena com pelo menos R$ 120 milhões para 2010, o triplo de atual repasse para as entidades
MARIANA LAJOLO
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
No país-sede dos Jogos de 2016, as confederações de esportes olímpicos devem receber, em 2010, ao menos o quádruplo da verba atual. É o que indica a média dos valores dos projetos levados ao Comitê
Olímpico Brasileiro e a previsão de recursos do governo para turbinar o setor.
Na semana passada, as confederações entregaram suas propostas para o desenvolvimento
do esporte até os Jogos cariocas. A Folha apurou que a maioria delas pediu entre R$ 5
milhões e R$ 10 milhões.
Em média, as 29 entidades receberam R$ 1,2 milhão em
2008 da Lei Piva. Ou seja, está
previsto um crescimento de
pelo menos cerca de 300% em
relação ao ano passado.
Ressalve-se que houve confederações que pediram menos
ou nenhum aumento de verba.
Na outra ponta, a origem dos
recursos, o Ministério do Esporte já acenou às entidades
com R$ 120 milhões para 2010
-há um projeto de lei de suplementação orçamentária. É
quase o triplo do repasse feito
às confederações pela Lei Piva
em 2008: R$ 34,4 milhões.
Essa conta só considera verbas diretas. Há ainda previsão
de investimento de estatais, como o BNDES e a Petrobras, e
da utilização da lei de incentivo
ao esporte em projetos.
"Sem aumento dos valores
[de verba estatal], o boxe não
terá medalha nenhuma em
Olimpíadas, nem em 2012 nem
em 2016", explicou o presidente da da Confederação Brasileira de Boxe, Mauro Silva.
Seu projeto não prevê valores. Mas o dirigente entende
que o custo da proposta é de
quatro vezes o atual volume de
recursos que recebe atualmente da Lei Piva, que gira em torno de R$ 1,1 milhão por ano.
A confederação de tênis de
mesa fez seu projeto em torno
de R$ 10 milhões por ano. Representa um aumento de 600%
em relação ao valor atual, que é
de cerca de R$ 1,4 milhão.
"Fizemos esse projeto junto
com o COB porque queríamos
usar o conhecimento deles",
declarou o presidente da entidade, Alaor Azevedo.
A reportagem apurou que o
tênis estima em torno de R$ 5
milhões para seu projeto. E a
esgrima, R$ 10 milhões.
O projeto da confederação de
pentatlo moderno diz precisar
de R$ 5,5 milhões para ter três
centros de treinamento.
"Vamos conversar com o
COB e com o ministério e ver
em que podem ajudar e o que
podemos fazer. Nossa vontade
[projeto] aumenta ou diminui
de acordo com a verba", afirmou o vice-presidente da entidade, Celso Sooma Sasaqui.
Há ideias modestas, como a
de lutas, que quer dobrar a verba atual de cerca de R$ 1 milhão. Por enquanto, há os pedidos e a promessa. Mas só as decisões sobre a forma de repasse
e a divisão dos recursos traçarão o tamanho do sonho de cada modalidade para 2016.
Texto Anterior: Tostão: Troca de panetones Próximo Texto: Poder: Só Lula define política de repasse Índice
|